Segundo a fonte, as nomeações que José Eduardo dos Santos fará irão apenas abranger os embaixadores plenipotenciários. "Os que estão a reclamar são aqueles que entendem que, por estarem aqui desde a independência, o MIREX é deles, querem fazê-lo de propriedade", afirmou, garantido que a reforma já está em curso, e o projecto não irá parar, de modo a permitir que haja vagas para os mais novos.
O funcionário, que respondia às acusações de que o MIREX tem sido alvo, não negou que haja violação da lei, mas esclareceu que a mesma tem sido forçada pelos elementos que se mostram relutantes à reforma.
"Existem funcionários que estão há mais de quatro anos sem serem promovidos, por exemplo, um primeiro-secretário, após quatro anos, tem de subir à categoria seguinte, que é de ministro conselheiro e, depois de um período igual, deve ser embaixador, mas isso não tem sido possível, porque os mais velhos não querem deixar os lugares. É nesse sentido que se considera violação da lei", fez saber, acrescentando que o sector dos Recursos Humanos tem encontrado dificuldades no enquadramento do novo pessoal, em virtude de o Ministério do Emprego e Segurança Social (MAPESS) não aceitar atribuir quotas novas, pois alega que o quadro está completo, enquanto, na verdade, são os velhos que estão aí a ocupar os lugares.
Avançou que os mesmos que hoje estão relutantes em abandonar os seus postos são, igualmente, aqueles que solicitam vagas para os filhos ou familiares. Em relação ao silêncio do ministro, a nossa fonte defendeu que isto não significa aceitação das acusações que circulam nos meios de comunicação social, mas tão somente, "porque fomos aconselhados a não atender a esse tipo de situações". Em relação ao estado de degradação da sede do MIREX, revelou apenas que não lhe cabe falar sobre o assunto, mas prometeu abordá-lo nos próximos tempos.
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