Segundo a mesma fonte, na cimeira convocada pelo chefe de Estado da República do Congo e presidente em exercício da CIRGL, Denis Sassou Nguesso, participam apenas cinco chefes de Estado, incluindo o Presidente angolano, João Lourenço.
O processo eleitoral na República Democrática do Congo é um dos assuntos em anaálise nesta cimeira de Brazzaville.
A África do Sul, Uganda e o Ruanda fazem-se representar a nível ministerial, enquanto a RDCongo, segundo a organização da cimeira, "não enviou nenhum representante" porque as "autoridades congolesas, na véspera, não tinham conhecimento do encontro".
A República Democrática do Congo -- que partilha uma extensa fronteira com a República do Congo e com Angola - realiza eleições gerais a 30 de dezembro, que vão permitir eleger o sucessor de Joseph Kabila, que atingiu o limite de mandatos permitidos pela Constituição.
As eleições, que já deviam ter acontecido em 2016, estavam inicialmente marcadas para 23 de dezembro, mas foram adiadas por uma semana devido à destruição de centenas de urnas eletrónicas num incêndio ocorrido este mês, já em pleno período de campanha eleitoral.
Hoje, a comissão eleitoral congolesa anunciou que as eleições foram adiadas até março de 2017 nas regiões de Beni e Butembo, na província de Kivu Norte, e na localidade de Yumbi, na província de Mai-Ndombe, justificando com a falta de condições de segurança.
Além do Presidente, as eleições de 30 de dezembro na República Democrática do Congo irão permitir ainda a escolha de representantes parlamentares a nível nacional e provincial.
O Presidente cessante, Joseph Kabila, escolheu o ex-ministro do Interior Emmanuel Ramazani Shadary para seu sucessor como candidato nas presidenciais.
Desde a sua independência do poder belga, em 1960, a RDCongo nunca testemunhou uma transição política pacífica.
Criada em 1994, a CIRGL integra Angola, Burundi, República Centro-Africana, República do Congo, República Democrática do Congo, Quénia, Uganda, Ruanda, Sudão, Sudão do Sul, Tanzânia e Zâmbia.