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Quinta, 09 Janeiro 2020 10:08

José Massano: “compra de divisas nos bancos comerciais não é automática”

Apos um mês da entrada em vigor da medida do Banco central, sobre a flexibilidade na compra de moeda estrangeira pelos bancos comerciais, as queixas de burocracia por parte dos clientes persistem.

O Governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José de Lima Massano, pediu calma aos clientes dos bancos comerciantes, que pretendam comprar moeda estrangeira ou aquisição de cartões visa, sem que tenha de apresentar comprovativo de viagem ao estrangeiro. O dirigente do banco central esclareceu que ‘as coisas’ não acontecem de um dia para o outro, como se tem estado a perceber.

A transacção de moeda estrangeira requer outros pressupostos a serem observados, embora ‘nós dissemos que os clientes não precisem prova de embarque’. “Se eu pretender viajar não preciso trazer o bilhete de embarque, mas não significa que o cidadão chegou, em um segundo e faz a transacção”, explicou, tendo acrescentado ser preciso a observar alguns pressupostos, como a origem do dinheiro que a pessoa está a trazer, a capacidade de rendimento do cliente. Outra questão a ser analisada pelos bancos comerciais passa, igualmente, em saber, face à grande procura que se regista, se tem ou não disponibilidade de moeda estrangeira para atender.

“Há aspectos que, quando se trata de moeda estrangeira, não podem ser confundidos com a transferência de moeda nacional, que se podem fazer na hora, ou seja, de forma instantânea”, disse, reconhecendo existir agora, aquilo que considera de ‘maior flexibilidade’. “Fizemos sair 30 dias antes para permitir que nos pudéssemos organizar, mas do ponto de vista prático leva tempo para as coisas acontecerem”, sublinhou José de Lima Massano, que afastou a possibilidade de se tratar de um caso de insubordinação dos bancos comercias que operam no nosso mercado financeiro.

O fim da obrigatoriedade dos clientes terem de apresentar bilhete de passagem e visto para obtenção de divisas e cartões da rede VISA nos bancos comerciais, vem à luz do aviso nº 10/2019 do BNA e a Publicação em Diário da República, I série nº 155 de 2 Dezembro de 2019. Entretanto, alguns clientes ouvidos pela reportagem do OPAÍS, revelam que prevalecem as dificuldades para a compra de moeda estrangeira ao nível dos bancos comerciais, sobretudo na cidade de Luanda.

Sem adiantarem o nome das agências em causa, afirmam terem sido solicitados estes comprovativos de viagem para obter divisas junto do banco, enquanto para o cartão da rede VISA, a burocracia em relação aos requisitos pouco ou nada mudou. Outra questão, que figura na lista de reclamações dos clientes que apuramos prende-se com o recorrente argumento dos gestores dos bancos comerciais sobre a falta de disponibilidade de moeda estrangeira. OPAIS

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