Apetrolífera angolana Sonangol, acionista minoritária da Galp Energia, garante que a sua participação na empresa portuguesa é para manter, já que a Galp é uma parceira estratégica que tem registado “bons resultados”, afirmou o presidente da Sonangol, Sebastião Gaspar Martins, em entrevista ao “Jornal de Negócios”.
“A Sonangol não tem motivos para sair da Galp, que apresenta bons resultados, está muito bem cotada e representa um ativo na carteira de participações e de investimentos que a Sonangol possui. Não procuramos sair dos negócios que estão relacionados com a nossa principal atividade. A Galp faz parte do mesmo negócio, faz parte de uma parceria estratégica e benéfica para o desenvolvimento da petrolífera estatal angolana”, comentou o presidente da Sonangol.
Segundo Sebastião Gaspar Martins, além dos projetos comuns em curso nos blocos 14 e 32, em Angola, a Sonangol está à procura de novos projetos com a Galp, mas também com outras empresas.
Na entrevista ao “Jornal de Negócios”, o presidente da Sonangol desvalorizou o conflito que a estatal angolana tem com Isabel dos Santos, relativamente à participação indireta que as duas partes têm na Galp. A Sonangol detém 60% da Esperaza, enquanto Isabel dos Santos tem os restantes 40%. A Esperaza detém, por sua vez, uma posição de 45% na Amorim Energia (controlada a 55% pelo grupo Amorim), que é o maior acionista da Galp, com 33,34%.
“A Sonangol não tem relações nem com pessoas nem empresários a título individual, tem sim com empresas. Essas relações, de acordo com a estratégia definida em conselho de administração, devem ser profícuas e trazer consideráveis benefícios à empresa, no melhor interesse da prossecução do sucesso. Assim, até decisão diversa, as relações empresariais não se alteram por motivos que não sejam empresariais”, respondeu o presidente da Sonangol quando questionado sobre a continuidade da relação com Isabel dos Santos na Esperaza. EXPRESSO
