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Sexta, 08 Agosto 2025 10:50

Maliano detido em Luanda por falsificação de documentos e suspeitas de branqueamento de capitais

Um cidadão de nacionalidade maliana, de 33 anos, foi detido em flagrante delito pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), por envolvimento em crimes de falsificação de documentos, uso de identidade falsa e fortes indícios de branqueamento de capitais em Angola.

A detenção resultou de uma denúncia apresentada pela Embaixada dos Estados Unidos da América em Angola e ocorreu no âmbito de uma coordenação operativa entre aquela representação diplomática e o SIC.

Segundo o porta-voz do SIC-Geral, superintendente-chefe Manuel Halaiwa, o cidadão estrangeiro, que se apresentava como comerciante, obteve de forma fraudulenta documentos angolanos autênticos – nomeadamente um Bilhete de Identidade e um passaporte – com os quais tentou obter visto de entrada nos Estados Unidos da América.

Após a primeira tentativa frustrada, recorreu novamente à solicitação de visto, desta vez utilizando a sua verdadeira documentação de origem maliana, mas acabou por ser identificado no sistema e detido. De acordo com a investigação preliminar, o cidadão criou uma nova identidade angolana, com no me em português, diferente data de nascimento e naturalidade atribuída à província de Luanda. Com esta identidade forjada, fundou uma empresa de direito angolano e abriu várias contas bancárias em diferentes instituições financeiras do país.

As diligências do SIC revelam ainda que o suspeito operava no país com dupla identidade, tendo também aberto contas bancárias e constituído empresa como cidadão maliano. O volume financeiro movimentado nas contas bancárias levanta fortes suspeitas de branqueamento de capitais.

"Vamos desencadear uma investigação financeira paralela para apurar a origem dos fundos e o eventual nexo de causalidade entre os recursos e as atividades das empresas envolvidas", declarou Manuel Halaiwa.

O SIC prossegue com as investigações para identificar eventuais cúmplices na obtenção fraudulenta dos documentos angolanos. Apesar de autênticos, os documentos foram adquiridos com base em dados falsificados, desde o registo de nascimento até ao Bilhete de Identidade. O detido será presente ao Ministério Público para os trâmites legais subsequentes. Halaiwa apela à população para que continue a denunciar casos de obtenção fraudulenta de identidade angolana, como forma de prevenir e combater práticas criminosas que envolvem estrangeiros a operar ilegalmente no país. OPAIS

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