Print this page
Segunda, 24 Novembro 2025 15:14

UE/África: Situação de pobreza que dominou África por décadas não pode continuar - João Lourenço

O presidente da União Africana (UA) disse hoje que não pode continuar a situação de pobreza que dominou Africa por décadas, apelando ao reforço de meios e recursos para dinamização crescente da cooperação económica entre a Europa e Africa.

Segundo o Presidente de Angola, estes males que afetam Africa representam não só um problema para o continente, mas também para o resto do mundo, confrontado com questões de carência dos povos africanos, nomeadamente epidemias, imigração maciça, conflitos internos e outros males.

"É com o objetivo de superarmos esse estado de coisas que atribuo uma grande relevância à cooperação União Africana - União Europeia, apelando no sentido de, sempre que possível, serem reforçados os melos e os recursos a serem disponibilizados para a dinamização crescente da cooperação económica que desenvolvemos e para que empresários e investidores europeus se interessem por África e invistam na Industrialização do continentes e em setores da economia africana que impulsionem o crescimento e produzam beneficios recíprocos", disse.

O chefe de Estado angolano, que destacou os profundos laços históricos e de cooperação entre os dois continentes, disse que, em 25 anos, o conhecimento mútuo e a cooperação bilateral aprofundaram-se, e a parceria ampliou-se para todos os campos e setores de interesse mútuo, com resultados que animam "a seguir em frente, pois os bons resultados estão à vista e o futuro afigura-se cada vez mais promissor".

João Lourenço sublinhou que os dois continentes têm vindo a construir canais de diálogo e de cooperação em várias áreas, como as da paz e segurança, comércio e investimento, governação, educação, saúde, ação climática e transformação digital.

Para o presidente da UA, a consolidação da paz, estabilidade e segurança em África são essenciais para a aceleração da integração económica, o empoderamento da juventude e das mulheres e garantir progresso em matéria de resiliência climática e de transição energética.

*Temos consciência dos esforços que devem ser envidados para aprimorarmos de uma maneira geral os modelos de cooperação essenciais para que se consiga tirar os maiores beneficios possíveis da parceria que mantemos, que se tem revelado dinámica e muito orientada no sentido de contribuir para a resolução dos principais problemas e desafios que enfrentamos no processo do desenvolvimento económico e social dos nossos paises", realçou.

Esta 7ª cimeira, prosseguiu João Lourenço, serve para uma reflexão profunda sobre a trajetória das relações e proceder-se as correções que se afigurem necessárias, pois os dois continentes, "num quadro de respeito mútuo, têm muito mais a ganhar do que a perder se caminharem sempre juntos, reforçarem o intercâmbio entre si, complementando-se com o que cada parte tem de melhor para o outro".

"Juntos temos tudo para beneficiar e desenvolver os nossos continentes, tudo quanto temos de fazer é partilhar, cooperar, em beneficio mútuo", disse João Lourenço, considerando ainda que a Europa só tem a ganhar "se tiver parceria e cooperação com uma África desenvolvida, que não remeta imigrantes ilegais para os países europeus através do mar mediterrâneo e que não tenha necessidade constante de pedir doações e o perdão da dívida".

De acordo com João Lourenço, existem "muitos bons exemplos de cooperação" entre estas duas instituições, que se ilustram, de uma maneira geral, pelas iniciativas que englobam o Global Gateway e no plano bilateral, particularizando a relação Angola União Europeia, a parceria que se desenvolve no ámbito do Caminho Conjunto, que se tem processado "de forma satisfatória, recomendando-se que se mantenha e se consolide".

João Lourenço defendeu uma relação entre UA-UE na base de "um espírito de pragmatismo, isento de telas burocráticas que muitas vezes retarda o bom andamento e a implementação de importantes ações projetadas conjuntamente".

O presidente da UA apelou à realização projetos que assegurem a empregabilidade de jovens, começando por Ihes garantir a formação profissional, para dar resposta à carência de quadros em África e habilitar a Juventude africana na integração de projetos conjuntos e colmatar a falta de mão de obra qualificada para empresas europeias e outras que investem em África.

Rate this item
(0 votes)

Latest from Angola 24 Horas

Relacionados

Template Design © Joomla Templates | GavickPro. All rights reserved.