Em entrevista ao programa Panorama 3.0, da Rádio Morabeza, Nuno Dala afirma que o congresso foi uma encenação da alegada saída de José Eduardo dos Santos da política, agendada para 2018.
“Por exemplo, temos um comité central, aparentemente, renovado a 40 por cento mas que mantém aquela espinha dorsal humana e política preparada para manter a hegemonia do MPLA e o controlo do Estado, tal como as más praticas de governação que remetem a maioria para a exclusão social”, aponta.
Sobre o discurso do dirigente do MPLA e chefe de Estado angolano, o activista entende que José Eduardo dos Santos “deu um tiro no próprio pé”.
“Ele está a criticar a si e aos seus pares mas é apenas um malabarismo da disputa política, cujo objectivo é iludir os angolanos de que o presidente está realmente interessado em levar a cabo um processo que se traduza em reformar essa estrutura injusta, que permite que tão poucos tenham tudo e a maioria, ou a quase a totalidade da população, não tenha quase nada”, analisa.
Dala sublinha que “a transição que o Presidente da República angolano está a fazer é feita à sua maneira, para preservar os seus interesses".
Expresso das Ilhas