Os efectivos da Polícia Nacional de Angola, destacados na barreira do Onjo Yeto, em Luanda, detiveram, nesta quinta-feira, 02 de Setembro, os três (3) cidadãos nacionais, em posse de 15 cães congelados e chouriços, aquando da realização da Operação "Trajecto Seguro".
O facto ocorreu quando o automobilista, identificado por Adilson de Almeida Paulo de 24 anos de idade, a bordo de uma uma viatura de marca Toyola, modelo Avensis, de cor cinzenta, foi interpelado e ao ser revistada a referida viatura foi possivel encontrar, no porta-bagagem, os cães e chouriços congelados.
De acordo com os responsáveis da clínica, os referidos animais foram levados pelos seus proprietários para tratamento e depois de notarem que estes estavam mortos decidiram deixar a cargo da empresa, que, por sua vez, se encarregou e contratou os 3 jovens, que tiram os animais da clínica para enterrar ou queimá-los.
Por outro lado, avançam informações, a clínica garantiu que os supostos chouriços encontrados junto dos cães eram orgãos destes.
"É só para vos dizer que já estou solto e aquilo tudo não passou de uma calúnia. Nós não comercializamos cães para o consumo, aqueles cães saíram de uma clínica que nós prestamos serviços, para nós darmos o fim nos corpos. A clínica se responsabilizou e já estamos soltos", disse um dos cidadãos.
Dados que Angola24Horas teve acesso, davam conta que os três cidadãos, cujos nomes e idades de outros dois não foram revelados, seguiam uma viagem para a capital do país, Luanda, provenientes da província do Uíge.
De acordo com o Porta-voz da polícia em Luanda, Nestor Goubel, a acção destes cidadãos detidos, trata-se de um caso de contrafacção de produtos alimentares.
Nestor Goubel, disse que os 15 cães mortos e já congelados bem como os chouriços feitos com carne de cão, faziam parte de todo um preparo que havia sido feito com o propósito de, provavelmente, ser comercializado em algum local de forma já dissimulada.
"Tendo em conta a constatação que já foi feita, os presumíveis autores num total de três, foram detidos por prática do crime de contrafacção de produtos alimentares e serão encaminhados ao Ministério Público", considerou.
Kusonga Jordão, médico veterinário, disse que além de não fazer parte dos hábitos e costumes alimentares dos angolanos, pode causar perigo à saúde humana, por não se conhecer a origem e o seu estado de saúde, regras seguidas em alguns países como a China e Vietname.