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Quarta, 27 Abril 2016 21:53

Procurador-geral da República diz que não é proibida ter conta bancária nos ‘offshores’

O Procurador-geral da República de Angola disse hoje em Luanda que as ‘offshores’ não são proibidas e por isso não vê razões para se criar um alarido à volta do assunto sobre os “Documentos do Panamá”.

A afirmação é do procurador-geral da República, João Maria de Sousa, quando discursava hoje, na abertura da Conferência Internacional, no âmbito da Semana da Legalidade, que decorre sob o lema “PGR 37 anos a promover o acesso à justiça e aos direitos fundamentais”.

João Maria de Sousa, disse, que não existem razões plausíveis, para que o Ministério Público mande instaurar uma investigação sobre o caso “Panama Papers”. João Maria de Sousa esclareceu que, até ao momento, não foram divulgados valores sobre as aplicações dos offshores. 

Em relação ao “Caso BESA”, o Procurador-Geral da República disse que a sua instituição já começou as investigações a pedido dos próprios accionistas do banco. "Não posso falar de possíveis detenções porque não conheço os factos", assumiu.

O BESA foi criado pelo BES em 2001, tendo sido liderado pelo luso-angolano Álvaro Sobrinho desde essa data e até Novembro de 2012. Foi uma escolha directa de Ricardo Salgado, o ex-presidente do BES e líder da família Espírito Santo. 

Em Junho de 2013, o então presidente não executivo Álvaro Sobrinho foi substituído no cargo por Paulo Kassoma, ex-primeiro-ministro de Angola entre 2008 e 2010. Em Outubro de 2014 o BESA foi nacionalizado pelo Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, e passou a chamar-se Banco Económico.

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