A afirmação é do procurador-geral da República, João Maria de Sousa, quando discursava hoje, na abertura da Conferência Internacional, no âmbito da Semana da Legalidade, que decorre sob o lema “PGR 37 anos a promover o acesso à justiça e aos direitos fundamentais”.
João Maria de Sousa, disse, que não existem razões plausíveis, para que o Ministério Público mande instaurar uma investigação sobre o caso “Panama Papers”. João Maria de Sousa esclareceu que, até ao momento, não foram divulgados valores sobre as aplicações dos offshores.
Em relação ao “Caso BESA”, o Procurador-Geral da República disse que a sua instituição já começou as investigações a pedido dos próprios accionistas do banco. "Não posso falar de possíveis detenções porque não conheço os factos", assumiu.
O BESA foi criado pelo BES em 2001, tendo sido liderado pelo luso-angolano Álvaro Sobrinho desde essa data e até Novembro de 2012. Foi uma escolha directa de Ricardo Salgado, o ex-presidente do BES e líder da família Espírito Santo.
Em Junho de 2013, o então presidente não executivo Álvaro Sobrinho foi substituído no cargo por Paulo Kassoma, ex-primeiro-ministro de Angola entre 2008 e 2010. Em Outubro de 2014 o BESA foi nacionalizado pelo Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, e passou a chamar-se Banco Económico.