José Eduardo dos Santos, também Presidente de Angola, discursava na nona sessão ordinária do Comité Central do MPLA, tendo recordado que a atual estratégia é de reconstrução nacional e de recuperação económica.
Para o líder angolano, em funções desde 1979, existe agora a necessidade de adoção de uma nova estratégia eleitoral e para alcançar os resultados, disse, será necessário preparar a renovação de mandatos de todos os órgãos de direção, preservando a unidade e coesão no seu seio.
"Penso que as nossas escolhas devem basear-se em critérios de lealdade, lisura patriótica, disciplina, conhecimento, mérito e capacidade de produzir resultados", referiu José Eduardo dos Santos.
As próximas eleições gerais em Angola devem ocorrer em 2017, aguardando-se por uma clarificação sobre a eventual recandidatura presidencial de José Eduardo dos Santos, de 72 anos - a última possível à luz da atual Constituição - durante este ano.
Na intervenção de hoje, o líder do partido no poder em Angola fez também referência aos confrontos entre a polícia e fiéis de uma seita religiosa, no Huambo, que a 16 de abril provocaram nove mortos entre os agentes de autoridade e pelo menos 13 vítimas entre os seguidores.
Para José Eduardo dos Santos, esses acontecimentos indicam a existência de "pequenos focos de instabilidade e tensão" em algumas localidades do país por práticas religiosas e sociais contrárias que violam a Constituição angolana.
Os membros do partido e as suas organizações sociais foram chamadas a continuar a condenar esses atos, a realizar campanhas de educação cívica e manifestarem repúdio contra as tentativas de colocarem em causa a paz e estabilidade social e a unidade nacional.
No encontro de hoje do Comité Central do MPLA vão ser apreciados o relatório de balanço da comissão nacional preparatória do V Congresso Extraordinário do partido, o projeto de bases gerais para a preparação e realização do VII Congresso Ordinário, entre outras matérias do foro da organização interna.
LUSA