Este dirigente do segundo maior partido da oposição angolana falava a jornalistas na sequência do abandono da sala do parlamento na segunda-feira, 4, e ameaçou organizar manifestações caso a bancada do MPLA continue com acções que, segundo disse, violam a constituição e as leis do país.
Mendes de Carvalho alertou que neste segundo ano legislativo o seu partido não vai admitir abusos cometidos pela bancada maioritária.
"Este ano a nossa postura deve ser diferente, vamos resistir com mais veemência a estas violações da lei," disse.
Segunda-feira os deputados pela CASA-CE abandonaram a sala do plenário na Assembleia Nacional porque segundo Miau o grupo parlamentar pretendia, como manda o regimento interno do parlamento fazer uma declaração política o que não lhes foi permitido, pela bancada do MPLA com o beneplácito do presidente da Assembleia Nacional.
De acordo com André de Carvalho Miau pretendia o seu grupo parlamentar que a Assembleia Nacional agendasse um debate sobre o estado da nação.
“O MPLA com medo que se tocasse no discurso do presidente da república resistiu e negou a proposta," disse acrescentando que outro assunto que constava da declaração política da CASA-CE é o caso da detenção do jovem de 17 anos Manuel Nito Alves.
"Começamos agora a ter presos políticos menores de idade, não podemos de maneira nenhuma permitir isso,” disse.
“Eu também iria falar sobre isso na minha declaração política e exigir ao executivo esclarecimentos sobre isso," acrescentou
"A atitude do MPLA no parlamento pode nos empurrar para outras formas de luta, ontem abandonamos a sala mas amanha podemos estar preparados para outras acções” incluindo manifestações generalizadas.
“A manifestação 'e um direito consagrado na constituição," acrescentou.
VOA