Ao discursar no acto central alusivo às comemorações do 23º aniversário da criação das FAA, João Lourenço frisou que “durante este período as Forças Armadas Angolanas souberam cumprir, com zelo, o seu papel em defesa da soberania nacional”.
O ministro garantiu que as Forças Armadas Angolanas vão continuar a defender a pátria, no sentido de manter a tranquilidade e a paz no país. Acrescentou que as FAA têm dado “um grande contributo na reconstrução nacional e no desenvolvimento sócio económico do país”. “As Forças Armadas Angolanas cresceram e fortaleceram-se em todos os pontos de vista. Hoje temos umas Forças Armadas reforçadas na região e no continente pelos seus feitos, coesão e a sua capacidade de manuseamento do armamento e técnica postos a sua disposição”, disse.
O ministro disse que para atingir tais níveis de organização, disciplina e eficiência de operações foi necessário muito trabalho de preparação combativa e de educação patriótica. João Lourenço disse que “é necessário continuar a formar mais quadros nos estabelecimentos de ensino militares em diferentes países da Europa para o fortalecimento das Forças Armadas”.
O ministro lembrou que as Forças Armadas Angolanas foram criadas no acordo de paz de Bicesse, assinado entre o Governo e a UNITA (então movimento armado) em 1991 e são o resultado da absorção no seu seio das antigas Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA) e de elementos vindos das ex-Forças Armadas de Libertação de Angola (FALA).
No entanto, a base da constituição das FAA, acrescentou, é, sem sombra de dúvidas, as extintas FAPLA, a que foram acrescidos efectivos oriundos das ex-Forças Militares da UNITA. “São Forças Armadas que representam, no fundo, a unidade e a reconciliação nacional dos angolanos”. O país deixou desde esta altura (1991) de ter, praticamente, dois exércitos e, como consequência disso, passaram a ser Forças Armadas únicas, apartidárias, que devem apenas respeito à Constituição e à Lei e ao Comandante-em-Chefe, o Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
Durante o acto o ministro da Defesa Nacional, João Lourenço, juntamente com o chefe do Estado-Maior General, general Geraldo Sachipengo Nunda, o comandante do Exército, Lúcio do Amaral, e o governador da província do Bengo, João Bernardo de Miranda, assistiram ao desfile das tropas em parada, bem como o juramentos dos Cadetes e entrega de certificados de reforma a oficiais superiores das Forças Armadas Angolanas. Após o acto, João Lourenço visitou as casernas que foram construídas com o objectivo de formar tropas nas disciplinas militares.
JA/AO24