Segunda, 06 de Mai de 2024
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Sexta, 19 Junho 2020 14:02

João Lourenço perdeu a única oportunidade de entrar na história de Angola como um herói

Em 2016 ao longo das campanhas eleitorais, João Lourenço foi ocupado por variados incentivos que o acarretaram ao desvario do alvoroço, tendo deixado a sociedade angolana obscurecida com sortidas promessas que saíam de sua voz.

Dizia Lourenço que, havia de extinguir a corrupção, o nepotismo, a bajulação, e daria qualidade de vida aos angolanos. Seria capaz em apenas 5 anos de governação de agarrar todos os “marimbondos”, seria capaz de dar a juventude cerca de 500 mil empregos, seria capaz de tornar Benguela numa Califórnia.

As emoções que partiam da boca de João Lourenço, colocaram o povo angolano, totalmente tomado pelo enlevo colossal. João Lourenço assegurava ser capaz de instalar um clima de bem-estar social em todos os horizontes angolanos, tendo aptidão de botar ao fim a fome e a seca no sul de Angola. Destruir a pobreza extrema em Angola.

João Lourenço prometia que não teria vómito uma justiça parcial contra todos quanto lesaram a pátria angolana e a sua história, que viesse transformar os seus confrades corruptos em grandes heróis e os eduardistas em vítimas. Porém, uma justiça completamente comprometida com a igualdade de direitos, e, a equidade de princípios. Prometia trazer à nascer uma nova Angola, e, dizia que, a Angola velha já estava sepultada na história, e, jamais voltaria a viver novamente.

Findo os três anos do seu governo, estando a faltar – lhe apenas um anos e seis meses, quase nada terá realizado para o “slogan” “melhorar o que está bem, e corrigir o que está mal”, João Lourenço transtornou a marcha e complicou tudo quanto deparou… Abateu a economia toda, e deixou o País à deriva.

Neste âmbito, não há dúvidas para afirmar o seguinte: João Lourenço, perdeu a única oportunidade de entrar na história como um grande herói. A clareza desta tese é tão diáfana quanto a água que corre na barragem do Lauca. Lourenço auferiu um País com uma economia agudizada pela carência, um povo com diversos problemas sociais que vão desde a instabilidade económico ao desequilíbrio social, findo o seu governo, tudo quanto certificou aperfeiçoar somente agudizou – se.

Aos nossos dias, assiste – se um povo caracterizado por uma grave falta de qualidade de vida, instabilidade do mercado cambial, falta de transportes colectivos, desemprego descomunal, falta de qualidade na assistência médico – sanitária, falta de educação com qualidade, falta de infraestruturas, rede viária armadilhada por buracos, e, com falta de iluminação eléctrica e sinalização rodoviária, falta de abastecimento de água potável e luz eléctrica, pobreza extrema, falta de economia nacional, inexistência de agricultura que saiba suprir a carência alimentar no País, fome no sul do País, sobretudo no Moxico e no Cunene, bem como em variados locais do País, falta de cumprimento do ordenamento jurídico emanado pela ONU no que tange aos direitos humanos em Angola, manifestando – se uma violência extremamente letal por parte da polícia nacional e dos órgãos do SIC, falta de moradia com qualidade, falta de esgotos, falta de saneamento básico do meio, falta de valorização do profissional nacional, vejam que um médico cubano ganha três milhões e quinquentos mil kzs e um médico angolano ganha apenas tresntos mil kzs, imparcialidade dos órgão da justiça, e sobretudo falta da separação do poder político das decisões dos tribunais e do ministério público, aumento alarmante do crime e da prostituição. Hoje vê – se que, o Estado angolano procura tomar o controlo de todos os órgãos de difusão massiva, querendo dizer que, o Estado está a asfixiar a emancipação e a liberdade de expressão dos angolanos.

Se, João Lourenço soubesse com afinco traduzir esses gritantes problemas em grandes desafios para o seu Governo, e desenvolver esforços visados na busca de resultados práticos para tais problemas, de facto, entraria na história como um grande herói, tal quanto fez Obama nos EUA, talvez seria superior a Paulo Kangame (presidente do Ruanda), e, deixaria uma boa imagem de sua governação para Angola. Mas, João Lourenço, está muito longe de ser um herói como parecia ser no início. O sonho de transformar Angola num paraíso está em fuga, todo o seu plano caiu em maus lençóis, finda sua governação, a sua marca ficou parecida à tristeza e a perdição tenebrosa do povo numa oceano imenso de angústia, tendo adiado por completo os sonhos dos jovens angolanos. João Lourenço tornou o País ainda pior que na era de JES, não há dúvidas de que estamos perante a pior época histórica do País desde que este surgiu enquanto nação.

Mas, na verdade, as promessas de João Lourenço nunca vieram a acontecer no plano prático, o que estava pautado nas suas promessas eleitorais nada chegou à concretizar – se, na verdade João Lourenço colocou o povo angolano a viver de sonhos, sonhos esses que ficaram somente no domínio de discursos e promessas que nunca chegam à resolver – se no âmbito prático. Na vida real, o povo angolano, faz da tristeza seu único encanto. O que na verdade concretizou – se foi exactamente o contrário, agravou – se tudo neste País dirigido por Lourenço. Hoje, ao longo de três anos de governação de João Lourenço, Angola, com efeito, debate – se numa situação caótica, tendo por pano de fundo um estado de coisas completamente gravíssimo.

João Lourenço foi sequestrado” pela sua entourage, tornou do Estado angolano uma coutada privada. A corrupção continua tão viva quanto no passado, afectado variados estratos sociais, os únicos que sobre os quais recaem o peso da justiça são os peixinhos como funcionários do Estado, administradores, delegados provinciais, gatunos de botija, e, de prato de arroz, os demais permanecem imune a tudo. A natureza dos contratos e adjudicações sem concurso público que beneficiam os seus próximos, são algumas das provas de como João Lourenço perdeu – se na caminhada. A forma como o País hoje se encontra, mostra o desvario em que isto tudo está.

Tudo o que disse até aqui, não invalida o que disse em Setembro de 2017, quando, ao anunciar a sua entrada na presidência da República, disse que, viria dar à Angola um novo rosto, acabaria com a corrupção, com amiguismo, com a bajulação, daria ao jovens 500 mil empregos e uma óptima qualidade de vida. Tendo realizado um discurso que durou quase uma hora de leitora, com promessas domadas pela euforia, encontrava – se nele a alma da mudança encarnada na vontade e no desejo de querer ter uma Angola deitada na ufania. Mas a mudança tomou o peso da evidência contrário. O que João Lourenço prometeu para Angola, é daquelas coisas que sobrevivem ao tempo. O povo angolano frustrou – se com a péssima qualidade de vida assistida no seu governo, as suas promessas nunca chegaram à acontecer, os que o ouviram dizer isso, saturaram - se, mas a maldita afirmação está aí de pedra e cal. Inamovível e sem ferrugem: “vou dar a juventude 500 mil empregos e vou transformar Benguela numa Califórnia, vou melhorar a saúde, a educação, vou acabar com a criminalidade e os demais problemas que assolam o pacato cidadão”.

Posto aqui, o inverso, de viva voz, tomou contornos alarmantes daquilo que ele mesmo prometeu nunca poder vir à acontecer. O que se vê, na justiça angolana, é uma aberração inaceitável, observa – se uma total parcialidade no julgamento das figuras do passado. Concentrados no passado, o presente transformou – se num desastre hediondo, a corrupção fez – se na verdadeira marca da governação de Lourenço.

Muitos dos actores da governação de JES tornaram – se vítimas de um processo de justiça completamente parcial, num País com mais de mil criminosos contra a administração pública, os visados foram apenas os colaboradores directos de JES como Zé Maria (julgado sem provas de jure e de facto), a única prova material da raiva levantada contra Zé Maria foi o facto do mesmo ter afirmado publicamente que apenas amava à Cristo e a JES, facto esse que irritou JLO, tendo – o atirado ao calabouço de maneira injusta. Além de mais, um teor de vingança não poupou a vontade de Miala contra a pessoa de Zé Maria, era um duelo combinado à danificar aquele que era o homem mais fiel da governação de JES, um verdadeiro General com a vocação de seguir as palavras à cor da letra, o verdadeiro cérebro do País, não há dúvidas de que Gen. Zé Maria foi a maior estrela angolana nos serviços de inteligência e contrainteligência angolana, nunca falhou, deu toda sua vida dedicada à nação angolana, não há um sequer que tenha feito mais que Zé Maria no contexto militar. Maria superou à todos, nem mesmo João de Matos, Simione e Armando da Cruz Neto estão à dispor de sua grandeza, é daqueles homens que existem de forma escassa no mundo inteiro, admira – se a coragem de incriminar um grande patriota do tamanho de Zé Maria.

Augusto Tomás, tratado quase num estilo de um sobrinho por Dos Santos seguiu a mesma caminhada, foi preso de maneira extremamente injusta, e, até então admira – se imenso o veneno e ódio de Lourenço despejado contra a figura de Tomás. Até então, é entre todos os visados o mais injustiçado, permaneceu preso, sem causas de facto comprovadas, que o pudessem colocar por trás das grades…

Isabel dos Santos, o motor do empreendedorismo em Angola, por sinal, a primogênita de JES, foi perseguida, tendo – lhe sido arrastados todos os seus bens!

Perseguida por tudo que é canto deste mundo, Zeno e Jean Claude Basto de Morais não escaparam da jogada política, e, foram – lhes lançados a corda da justiça para pagar as favas de milhares de ofensas ao Estado cometido por variadas pessoas, cujo João Lourenço é um dos visados. Valer Filipe, ladeado à Zeno, somente lhe restou a espera das decisões que são impostas sobre o filho varão, vive a amargura vivida por Zeno ao ponto de ver o seu coração à tremer de terror. É a “maca” na sanzala, ninguém sabe até quando o capítulo desta novela poderá terminar. 

Bem – haja!

Por João Henrique Hungulo

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