Em causa está o desconforto das investigações judiciais do Ministério Público português a individualidades angolanas, que incluem entre outros, as filhas do Presidente José Eduardo dos Santos, o vice-Presidente da República, um dos ministros de Estado e o Procurador-Geral da República, e que levaram o chefe de Estado angolano a dar voz aos protestos feitos até então em surdina.
Foi a 15 de outubro que José Eduardo dos Santos, no discurso sobre o Estado da Nação abordou as relações com Portugal: "Só com Portugal, as coisas não estão bem. Têm surgido incompreensões ao nível da cúpula e o clima político atual, reinante nessa relação, não aconselha à construção da parceria estratégica antes anunciada", disse então.
Lusa