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Sexta, 04 Abril 2014 15:14

Nzau Puna reformado como general das FAA

Já esteve na diplomacia, agora é deputado da bancada do MPLA. Brevemente, Nzau Puna, passará a reforma nas Forças Armadas Angolanas (FAA), em consequência da sua passagem pela direcção da UNITA, onde exerceu os cargos de ministro do Interior e secretário-geral do partido do “galo negro” A Caixa de Segurança Social das Forças Armadas (CSSFAA) Angolanas continua a receber listas de pessoal das extintas FALA para efeitos de licenciamento à reforma, apurou OPAÍS de uma fonte nesta instituição.

Dentre os nomes constantes das últimas listagens recebidas da direcção de pessoal, estão os nomes de Nzau Puna, Jorge Valentim e António da Costa Fernandes, que foram promovidos aos graus de general e tenentes-generais, respectivamente.

O actual ministro das Relações Exteriores, Georges Chicoty e o antigo ministro do Comércio, Victorino Hossi, entre outros, foram promovidos aos graus militares de brigadeiros, segundo a fonte deste jornal, que acrescentou ser esta a patente com a qual foram licenciados um grande número de ex-militares das extintas FALA, antigo braço armado da UNITA.

A fonte na CSSFAA não confirmou, entretanto, a recepção de listas com os nomes do pessoal das FAA a serem licenciados à reforma por limite de idade.

Uma fonte das FAA disse a este jornal que se está a preparar uma rotação na chefia de algumas direcções militares, na sequência do licenciamento à reforma de alguns generais.

A fonte avançou alguns nomes de oficiais como o general Hendrick, Benigno Vieira Lopes “Ingo” e o agora deputado João Luis Neto “Xietu”, entre outros, como estando na calha do render da guarda.

Outras fontes, conhecedoras dos meandros do processo, confidenciaram que os militares provenientes das extintas FAPLA têm manifestado resistências a esta possibilidade, argumentando não terem fontes para a sua sobrevivência, “depois de tudo que passamos”.

“Eles querem seguir o exemplo dos generais Rafael Sapilinha Sambalanga ou Pedro Benga Lima “Foguetão”, que foram até ao fim”, disse a fonte.

Outras fontes evocam, contudo, a não existência de uma lei das carreiras militares, onde estejam plasmadas todas as garantias legais, como fonte das contestações ao processo de licenciamento à reforma.

 O licenciamento à reforma dos antigos militares, sem discriminação da força armada a que tenham pertencido, é vista como expediente de acomodação social, depois de, em muitos casos, terem exercido cargos políticos e as mais distintas missões em nome do Estado angolano.

O PAIS

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