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Sexta, 18 Julho 2014 04:18

Falta de garantias continua a adiar concessão de créditos bancários

A inviabilidade de alguns projectos de investimentos continua a constituir o principal entrave à concessão de créditos à pequenas e médias empresas, considerou hoje , em Luanda, o presidente do Conselho de Administração do Banco BIC, Fernando Teles.

O banqueiro, que intervinha no Fórum Económico dos Países Africanos de Língua Portuguesa (Palop), a propósito do debate sobre " “Instrumentos Financeiros  de Apoio ao Empresário Africano: Oportunidades e Constrangimentos”, justificou que a aplicação de recursos a um projecto deve, primeiramente, ser avaliada de modos a se evitar constrangimentos futuros.

“ Angola está a crescer muito, e nesta altura a formação de aspirantes a empresários é imprescindível, particularmente ao BIC. "Temos boa margem para conceder créditos, porém, tem de haver bons projectos bons empresários. Algo que não se faz do dia para a noite”, disse o gestor.

Refutando declarações de um empresário angolano que atribuía aos bancos “certa culpa” nos impasses inerentes aos financiamentos bancários, Fernando Teles disse que “os bancos não fazem milagres”.

Quanto às vozes que se levantaram na ocasião para afirmar que a taxa de juros em Angola é elevada, o bancário refutou as declarações.

“ Se tivermos em conta que temos uma inflação de nove porcento e uma taxa média a 11 porcento em kwanzas, que empresário cá presente aceitaria fazer uma transacção de um ano e ganhar somente dez porcento”, questionou.

O mesmo garantiu a existência de capacidade financeira para que os bancos angolanos concedam créditos aos investidores, sublinhando que a performance de cada investidor dita a aprovação do crédito.

O Fórum Económico dos Países Africanos de Língua Portuguesa realizou-se no âmbito da celebração do 10º aniversário da Conferência Empresarial da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP).

Na cerimónia de encerramento, o presidente da Confederação Empresarial dos Palop, Francisco Viana, disse que o encontro preencheu as expectativas criadas pela organização e garantiu igualmente que a edição 2015, deste Fórum Económico, contemplará a realização de uma feira de negócios.

De acordo com o presidente, o futuro do empreendedorismo em África depende sobremaneira da perspicácia dos jovens, e que cabe a esta faceta da sociedade a continuidade do trabalho desenvolvido pelas gerações antecessoras.

Participaram no evento líderes políticos, membros de governos, representantes das associações empresariais e gestores de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique e São Tomé.

O Fórum Económico dos Países Africanos de Língua Portuguesa é uma plataforma de debates que visa promover o fortalecimento da classe empresarial dos países que compõem este bloco.

Angop

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