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Sexta, 29 Junho 2018 13:19

Governo angolano aponta crescimento moderado do PIB e inflação de um dígito até 2022

O Governo angolano perspetiva o decréscimo da taxa de inflação até um dígito nos próximos cinco anos, face aos atuais cerca de 20% a um ano, conforme prevê o Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2018-2022.

Os dados plasmados no PDN, e compilados hoje pela Lusa, referem que após a recessão de 2016 (2,7%) e 2017 (2,5%) já assumida pelo Governo, a taxa de crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) do país está projetada em 2,3% para este ano e 3,6% para 2019, descendo no ano seguinte para 2,4%.

O pico do crescimento económico esperado pelo Governo será em 2022, com o PIB a crescer 4,1%.

O quadro macroeconómico do PDN apresenta igualmente indicadores e projeções do setor petrolífero e não petrolífero, perspetivando para este último um crescimento "moderado" de 2,4%, em 2018, a 7,5%, em 2022.

Em relação à taxa de inflação, segundo o documento, a mesma deve sair dos dois dígitos ao longo deste período, para se situar em 2022 nos 6,4%.

De acordo com o PND, a atual taxa de inflação do país - acumulada, a um ano - é de 23%, para 2019 deverá situar-se nos 17,4%, em 2020 nos 13,4% e 2021 nos 9,1%.

Recentemente, o Governo angolano perspetivou para 2018 o crescimento do PIB do país na ordem dos 2,2%, uma revisão para metade da previsão do início ano, mas ainda recuperando após a recessão de 2016 e 2017.

A informação foi transmitida este mês pelo ministro das Finanças de Angola, Archer Mangueira, apontando a programa de estabilização macroeconómica como "grande impulsionador" do processo.

"Decorrido que está praticamente metade do ano 2018, apraz-nos registar o inegável início do processo de estabilização macroeconómica", apontou.

No Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2018, aprovado em fevereiro, no parlamento, o Governo angolano inscreveu uma previsão de crescimento do PIB real de 4,9%.

Relativamente ao nível geral de preços, explicou o ministro na ocasião, "perspetiva-se uma taxa de inflação na ordem os 23%", contra os 28,7% inscritos no OGE.

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