O crude do Mar do Norte, de referência na Europa, terminou a sessão no International Exchange Futures a cotar 81 cêntimos acima dos 78,41 dólares com que fechou as transações na sexta-feira.
Na semana passada, o petróleo reverteu a tendência recente de alta diante de rumores de que a Opep e seus aliados possam vir a ampliar a produção a partir do meio do ano.
Desde novembro de 2016, a Opep e mais dez países produtores de petróleo, entre os quais a Rússia, concordaram em diminuir a exploração com vistas a elevar a cotação do óleo no mercado internacional.
A política surtiu efeito e o barril saiu da casa dos US$ 30 em 2016 para beirar os US$ 80 em 2018, mas não sem isso sacrificar os países produtores, que viram a quantidade de petróleo bombeado minguar.
“Temores de interrupções na oferta no Irã e na Venezuela levaram a Opep e autoridades aliadas russas a anunciar a possibilidade de bombear mais petróleo a partir do próximo mês”, explicou o conselheiro econômico do think-tank britânico Chatham House Marc-André Fongern.
Na semana passada, o ministro de Energia da Rússia, Alexander Novak, e o próprio presidente do país, Vladimir Putin, declararam publicamente a possibilidade de aumentar a produção. A visão de Moscou é que o barril do Brent perto de US$ 60 mantém a produção do país sustentável.
Outro fator determinante nas negociações hoje foi a baixa liquidez no mercado internacional. Nos Estados Unidos, a segunda-feira marca a comemoração do Memorial Day. No Reino Unido, o feriado bancário fechou os mercados domésticos.