A imprensa internacional tem sido muito dura com Cristiano Ronaldo, capitão da Seleção portuguesa. As exibições do internacional português não têm convencido e os diários internacionais têm sido muito duros com o avançado português que ainda não conseguiu marcar qualquer golo na presente edição do Euro’2016.
O alemão Bild diz que “Messi ensina o caminho a Cristiano Ronaldo”, acrescentando depois que “é sabido que o português não tem o mesmo rendimento nos grandes campeonatos de seleções”, quanto que “o único futebolista que está ao seu nível [Messi] vai a caminho de ganhar um título graças ao seu rendimento”, numa referência à Copa América.
“Não acredito que – diz o colunista Matthias Brugelmann – na pressão insuportável de jogar pelo teu país. Quando joga no Real Madrid descarta essa pressão. Penso que o Real Madrid não é forte apenas devido a Cristiano. Ronaldo pode brilhar tanto graças aos seus companheiros. E essa qualidade não a encontra na sua Seleção”, pode ler-se no mesmo diário.
Em Inglaterra, o tom é o mesmo. O The Sun não esqueceu a grande penalidade falhada diante da Áustria e diz que este “deveria empregar mais tempo a treinar penáltis do que poses”.
“O português, oficialmente o pior conversor de livres da história dos Europeus, pôs-se outra vez em pontas de pés para a fotografia do jogo frente à Áustria, como habitualmente se faz no Real Madrid, apoiando-se em Modric. O jogador de 31 anos, que é a imagem de uma máquina para fortalecer abdominais, pretende parecer o mais alto do mundo em todas as oportunidades. Mas, rebaixou-se quando mandou um penálti ao poste, que privou a sua equipa da vitória”, lê-se no diário britânico.
Aqui ao lado, em Espanha, o La Vanguardia, acredita que a “Europa descobriu a verdadeira cara de Cristiano Ronaldo” .
“As câmaras focam-no sempre. Os realizadores sabem que o líder de Portugal irá sempre apresentar um olhar de frustração, um protesto, uma postura facial para a galeria [de fotos]. O Cristiano dá prioridade pavonear-se ao êxito coletivo, e a sua ansiedade contagia a Seleção, ao mesmo tempo que põe a descoberto o mau perfil de um craque permanentemente submetido a operações de renovação da sua imagem. A prepotência de um jogador bom, rico e bonito que provoca inveja em todo o mundo e é perfeitamente notória em Espanha, mas o Euro e estende-se pelo continente e Cristiano perde simpatias. Não pode evitar mostrar os músculos à mínima oportunidade ou caricaturar o mais débil quando a situação não o aconselha”.