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Quarta, 27 Novembro 2013 14:18

"Hackers" atacam portal português para contestar proibição do Islão em Angola

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Um grupo de hackers islamitas com origem no Bangladesh atacou esta quarta-feira a página da Associação Portuguesa de Fertilidade (APF). A motivação deste ataque está, segundo os piratas informáticos, numa decisão do Governo de Luanda de banir o Islão e todas as mesquitas em solo angolano.

“Nós, os Blangladesh Grey Hat Hackers, em nome de todos os muçulmanos, condenamos fortemente o passo do Governo angolano de banir o Islão e destruir os irmãos mártires” – foi com esta mensagem que o grupo anunciou as razões do seu ataque a um site, que não tendo nada a ver com Angola, tem em comum com aquele país a Língua Portuguesa.

O grupo acrescenta uma ameaça ao Governo angolano, instando as autoridades daquele país a voltar atrás na sua decisão, sob pena de um ataque generalizado à rede de Internet angolana: “Queremos que o Governo angolano cancele esse passo de banir o Islão ou atacaremos o seu ciberespaço diariamente. Estamos à espera da vossa decisão ou lançaremos o ataque final”.

As autoridades angolanas decidiram nos últimos dias banir por completo o Islão e começaram a fechar as mesquitas, no que dizem ser uma acção para impedir a propagação do extremismo islâmico.

"O processo de legalização do Islão não foi aprovado pelo Ministério da Justiça e Direitos Humanos de Angola, portanto as mesquitas em todo o país serão fechadas e demolidas", explicou a ministra angolana da Cultura, Rosa Cruz e Silva. Esta decisão foi tomada num pacote de proibições que abrange dezenas de outras seitas e religiões que, na visão do governo, atentam contra a cultura da nação. A religião predominante no país é o cristianismo (95 por cento da população).

O site da APF, que foi atacado esta manhã, está alojado nos servidores da Iberweb e acabaria por ser desligado depois de um contacto da RTP para a empresa. O portal foi entretanto reposto.

O grupo islamita atacou posteriormente outros sites, como é o caso de Água de Cheiro, uma perfumaria angolana online, e o site MSEnergySolutions.com, que estão alojados nos servidores da NSFi Telecom, uma empresa com sede em Porto Salvo. "O que iremos fazer é notificar o cliente para tomar uma decisão", indicou um responsável da NSFi Telecom. "Temos uma ligação que não é direta com a dita empresa", acrescentou.

RTP

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