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Segunda, 17 Outubro 2016 00:10

O medo exagerado, persistente e quase irracional do povo angolano

Nada melhor do que iniciar este texto deixando essas duas perguntas no ar:

1) - Para haver manifestações como as que tem havido, não é melhor ficar-se quieto?

2) - Se nem sempre uma fruta apodrecida numa árvore cai com um simples abanão, não é uma aventura tentar - se derrubar um regime com um sopro?

Fernando Vumby - Fórum Livre Opinião & Justiça

Entre tanta coisa que é difícil perceber e já vi, que se me esforçar para tentar perceber ainda poderei dar em louco, uma delas é como é que pode haver mais gente na hora de se enterrar mortos e nos combas do que na hora em que se tem que defender os vivos e seus direitos?

Tenho medo que os angolanos estejam padecendo de alguma doença que os inibe de mostrarem seus rostos com sua presença em manifestações justas e consagradas até mesmo pela própria lei constitucional nacional, pois essa alegação de medo dos blindados e dos cães policias me parece um certo exagero se olharmos para outras paragens onde os povos enfrentam de peito aberto todos os meios bélicos dos seus regimes na luta pela justiça social e seus direitos.

Essa minha conversa com um angolano fez-me acreditar que os angolanos podem mesmo estar padecendo de alguma doença que ainda não deram conta, será?

" Amigo Vumby, Eu fui até ao largo Primeiro de Maio e estava disposto a participar pela primeira vez mesmo apesar de haver pouca gente presente na manifestação popular organizada pelos ditos Revús, mas posto lá comecei a suar, sentindo-me tão mal disposto, e a primeira reação que me veio pela cabeça foi mesmo o ter de fugir daquela situação e assim afinal mais uma tentativa se esgotou e não consegui vencer o medo inexplicável que chegou sem avisar.

O amigo concluiu dizendo ainda que também havia gente presente alguns roendo suas unhas, mordendo seus lábios, fumando descompassadamente dando claros sinais de que lhes faltava coragem para continuarem presentes e talvez fosse mesmo o único jeito que encontravam como refugiar daquela situação...

Fiquei sem jeito e estou cada vez com mais medo de que os angolanos estejam sim realmente já paiados, sem saída e quem sabe padecendo de alguma doença sem cura que lhes livre deste exagerado medo e passividade muito fora do comum.

 

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