Abel Chivukuvuku que é candidato à sua sucessão na liderança da coligação, com outros dois concorrentes, procedia à abertura do II congresso ordinário da CASA-CE, que vai transformar a força política em partido, e decorre até sexta-feira.
A CASA-CE é uma coligação eleitoral que surgiu em 2012, ano em que concorreu às eleições gerais, nas quais elegeu oito dos 220 deputados à Assembleia Nacional.
No seu discurso de abertura, afirmou ainda que em 2017, ano de eleições gerais em Angola, a CASA-CE será Governo ou integrará o Executivo.
Abel Chivukuvuko defendeu ainda uma mudança estrutural para o país: "Temos que deixar de ser um Estado em transição para a democracia e sermos efetivamente um Estado democrático e de direito".
O sufrágio direto e pessoal do Presidente da República é outra questão que o Presidente cessante da coligação quer ver em cima da mesa, porque "2017 tem que ser a última vez que se vai eleger o Presidente da República de forma atípica".
"Depois disso temos que devolver a soberania ao cidadão e o cidadão escolher quem deve ser esse cidadão", apontou.
"Esta é a nossa agenda de governação. Agenda clara, transparente, ambiciosa, realista e exequível", sublinhou Chivukuvuku.
O líder da CASA-CE apelou aos delegados ao congresso para que façam uma análise desapaixonada, profunda e sem tabus, do trabalho nos últimos quatro anos, de forma a tornar realidade a sua agenda de governação.
"Devemos obrigatoriamente descortinar o rumo a seguir nos próximos dez meses que antecedem as eleições. Começando por aprovar e institucionalizar o Gabinete Técnico Eleitoral e dotá-lo de recursos e estratégia para contribuir decisivamente na preparação da CASA-CE para as próximas eleições", apontou.