Segunda, 06 de Mai de 2024
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Quinta, 25 Janeiro 2024 12:05

João Lourenço com impopularidade em alta leva campanha contra Isabel dos Santos e a UNITA

João Lourenço está aplicado em alargar para reforçar a sua base de apoio no interior do país, esperando assim compensar a impopularidade, considerada “manifesta”, a que é votado no meio de Luanda.

A iniciativa é especialmente dirigida às elites e forças vivas locais, detentoras de poder e influências capazes de contribuir para uma melhoria do grau de aceitação de João Lourenço junto da população comum.

O anúncio da acusação formal de Isabel dos Santos  pela PGR num processo já enviado para tribunal no qual lhe são assacados onze crimes enquanto PCA da Sonangol, deu igualmente lugar a reacções de acrimónia contra João Lourenço e de compreensão para simpatia para com a visada.

Isabel dos Santos associou o processo por suposta gestão danosa na Sonangol a um “calendário político” do Presidente angolano, João Lourenço, que quer conquistar popularidade para um terceiro mandato e afastar as pessoas que se lhe opõem.

“Não há duvida de que João Lourenço quer um terceiro mandato e parte disto é para lhe dar votos de popularidade. Ele está a fazer isto como parte da agenda de um terceiro mandato para conseguir fazer a mudança da Constituição e tirar do caminho qualquer pessoa que não tenha a mesma visão”, sublinhou a filha do ex-Presidente José Eduardo dos Santos.

“Eu não acredito que o Estado tenha de ser dono de tudo, eu acredito na liberdade de imprensa, temos um posicionamento político muito diferente”, continuou Isabel dos Santos, acusando João Lourenço de quer tirar poder económico a quem possa fazer-lhe frente, apoiar outros candidatos ou outros partidos.

João Lourenço é igualmente apontado no “vox populi” como mentor de uma medida considerada insólita que consistiu no lançamento de uma campanha destinada a localizar e recuperar em vários pontos do país restos mortais de quadros e dirigentes da UNITA alegadamente mandados executar por ordem de Jonas Savimbi.

A UNITA anunciou que o partido decidiu abandonar a Comissão de Reconciliação em Memória das Vítimas dos Conflitos Políticos, por esta “desvirtuar” a sua missão e se ter transformado em "destilador do ódio", responsabilizando o Presidente angolano. C/Africa Monitor

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Last modified on Quinta, 25 Janeiro 2024 12:34