Segundo Pakisse “nas principais empresas públicas e privadas, o estrangeiro é quem manda e o angolano é apenas empregado”.
“Isso não é normal”, e o país precisa de uma nova consciência política e patriótica.
“Tu vais à TAAG, são estrangeiros. Vais à energia e águas, mandam os portugueses. Na Sonangol, os americanos. Isto é normal? Não é normal”, declarou.
Durante a entrevista, Albino Pakisse questionou a autenticidade e o compromisso patriótico dos actuais governantes angolanos. Segundo ele, quem verdadeiramente é angolano deve investir e acreditar no país. O professor Pakisse citou o caso do general Francisco Fortado que concorreu em São Tomé como exemplo de elites desligadas da realidade nacional e mais preocupadas com os seus interesses pessoais.
Para o também activista, há apenas duas formas de mudar o cenário político angolano: “Por vias legais, através dos partidos políticos, respeitando os prazos e as eleições, ou através de uma nova revolução”.
“Francisco Viana já o disse, e eu repito: Angola caminha para uma nova revolução”, sublinhou.
Questionado se não teme por represálias pela sua postura crítica, Pakisse foi firme: “sou cristão e não tenho medo dos homens. Se me matarem, não serei o primeiro. O sangue dos mártires é a semente dos cristãos.”
Pakisse revelou ainda que muitos antigos governantes reconheceram, mais tarde, que ele “tinha razão” nas denúncias feitas durante o consulado de José Eduardo dos Santos. “Disseram-me: Pakisse, tu estavas certo. E acredito que, entre 2028 e 2030, os de hoje também vão reconhecer que tínhamos razão”, afirmou. O Decreto

