A operação, batizada de `Catalizador`, tinha como objetivo "identificar e interromper os fluxos e esquemas financeiros que tivessem ligações com o financiamento do terrorismo e com as suas redes de apoio", refere-se na nota da Interpol.
A agência policial internacional destacou que, durante os dois meses de duração, as autoridades dos seis países envolvidos investigaram mais de 15.000 pessoas e entidades, o que permitiu descobrir cerca de 260 milhões de dólares (224,22 milhões de euros) em dinheiro e moedas virtuais supostamente ligados a atividades terroristas.
Desse dinheiro, foram apreendidos cerca de 600 mil dólares (517,56 mil euros) e estão a ser realizadas mais investigações para tentar recuperar mais ativos.
Um dos episódios mais significativos da operação `Catalizador` ocorreu em Angola, onde foram detidas 25 pessoas de várias nacionalidades por envolvimento em sistemas informais de transferência de valores suscetíveis de servir para financiar ações terroristas e branqueamento de capitais.
A polícia angolana inspecionou 30 estabelecimentos comerciais, onde apreendeu o equivalente a 588 mil dólares (507,15 mil euros), 100 telemóveis e 40 computadores, além de congelar contas bancárias.
A Interpol destacou que a operação evidenciou a crescente inter-relação entre diferentes formas de criminalidade, o que sublinha a necessidade de dar "uma resposta unida e coordenada".