De acordo com informações disponibilizadas pelo Ministério do Interior, na sua página do facebook, os dois cidadãos detidos no município de Belize, interior da província de Cabinda, estariam a vender ossos de corpo desenterrado do cemitério Perpétuo Socorro, localizado no bairro Povo-Grande, município de Cabinda.
Trata-se de dois cidadãos de 20 e 27 anos, naturais de Cabinda e residentes no bairro Povo-Grande, e um terceiro (em fuga). Os implicados dirigiram-se ao cemitério Perpétua Socorro, ao túmulo de uma cidadã falecida a 08.03.21, de onde retiraram os ossos.
Posteriormente partiram da cidade capital da província para a aldeia Maluango Zau, município do Belize, acompanhados das ossadas. Um dos integrantes ficou na aldeia, enquanto o outro transpôs a linha fronteiriça em caminhos fiotes, ao encontro do comprador na aldeia de Mikongi, República do Congo, com quem manteve contacto, tendo combinado o valor de 1 milhão e 500 mil francos CFA, o equivalente ao mesmo valor em kwanzas.
Segundo afirmou o portador das ossadas, estando ele junto do comprador no local, munido do saco onde estavam os ossos, viu, a escassos metros, o seu tio que se dirigia na sua direcção, pelo que se sentiu traído, tendo-se colocado em fuga com destino ao país de origem (Angola). Perseguido pelo comprador e seus comparsas com a intenção de receberem o saco que portava, jogou-o na floresta, continuando em fuga até à aldeia de Maluago Zau, República de Angola, onde voltou a estar junto do cidadão com quem profanou o túmulo.
A informação vazou de um lado ao outro e os populares, apercebendo-se da situação, prenderam-nos e encaminharam-nos às forças da ordem. Das diligências continuadas na cidade de Cabinda foi possível determinar o túmulo da finada, no cemitério Perpétuo Socorro.
Questionados sobre o motivo da eleição daquele túmulo, estes referiam que foi por acaso, somente pautaram pelo tempo recomendado para a exumação que foi entre dois e três meses.
O delegado municipal do Belize afirmou que o SIC municipal realiza trabalhos de investigação para esclarecer as circunstâncias do caso e determinar se há um possível esquema. OPAIS