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Sábado, 13 Agosto 2022 16:17

Eleições 2022: "Nós não somos um só povo, uma só Nação" - Adalberto Costa Júnior

Ao som de "viva o multiculturalismo angolano", o líder da UNITA e candidato à Presidência da República nas eleições de 24 de Agosto, Adalberto Costa Júnior, afirmou este sábado, em Saurimo, que um dos slogans usados pelo MPLA "Um só povo, uma só Nação", não passa de uma ficção, pois Angola é um País que tem "no seu seio muitos povos, muitas culturas".

"Temos os limites geográficos do País, mas nós ainda não somos uma Nação angolana de todos (...). Nós não somos um só povo. Esta pode vir a ser uma Nação, mas que tem no seu seio muitas outras nações e povos, com as suas culturas, com a sua riqueza, com a sua tradição, com a sua história, que deve ser valorizada", afirmou Adalberto Costa Júnior (ACJ), para depois especificar a riqueza do povo do Nordeste de Angola e da cultura e tradições tshokwe.

Angola, segundo o líder da UNITA, precisa de mais diálogo, e "não pode ir a eleições com presos de consciência", uma referência ao Movimento Protectorado Lunda Tshokwe e à detenção do seu líder Zecamutchima e de alguns membros durante uma manifestação no Cafunfo onde morreram várias pessoas.

"Libertem os presos de consciência, ponham em liberdade os membros do protectorado e sentem-se com eles", declarou.

Apelando ao voto na UNITA e na alternância política, ACJ afirmou que quem tem governado o País não tem devolvido direitos aos cidadãos de Angola e que o partido que governa "ficou parado no tempo e não se preparou para a democracia".

"Temos um Governo que governa para o seu partido, que põe o partido acima do País e dos angolanos", continuou, para dizer que "há muita pobreza por causa disso".

Já a terminar o discurso, Adalberto Costa Júnior voltou a prometer eleições autárquicas e a alteração da Constituição para que a eleição do Presidente da República seja feita directamente pelos eleitores, fora das listas de partidos políticos.

Estão autorizados a concorrer às eleições gerais de 24 de Agosto os partidos MPLA, UNITA, PRS, FNLA, APN, PHA e P-NJANGO e a coligação CASA-CE.Do total de 14,399 milhões de eleitores esperados nas urnas, 22.560 são da diáspora, distribuídos por 25 cidades de 12 países de África, Europa e América.

A votação no exterior terá lugar em países como a África do Sul (Pretória, Cidade do Cabo e Joanesburgo), a Namíbia (Windhoek, Oshakati e Rundu) e a República Democrática do Congo (Kinshasa, Lubumbashi e Matadi).

Ainda no continente africano, poderão votar os angolanos residentes no Congo (Brazzaville, Dolisie e Ponta Negra) e na Zâmbia (Lusaka, Mongu, Solwezi).

A Comissão Nacional Eleitoral criou 13.238 assembleias de voto, constituídas por 26.443 mesas, no território nacional, enquanto que para a votação dos eleitores inscritos no estrangeiro foram criadas 26 assembleias de voto com 45 mesas de voto. Para este total de mesas de voto foram recrutados 105.952 membros. NJ

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