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Quinta, 13 Novembro 2025 10:17

Abençoada independência - amaldiçoado regime

Podemos imaginar a noite briosa, o nascimento extasiante do dia 11 de Novembro de 1975. É a maior conquista de todos os angolanos. Guardamos reminiscências daquela madrugada. Ainda hoje, rejubilantes, nos rendemos e entregamo-nos consumidos por vagas de avalanches de memórias vivas.

Remémoros vão e vêm em ressonantes assomos no âmago daqueles que testemunharam. Daqueles que se deslumbram fragorosamente na êxedra da sua consciência existencial e no fundo da alma. Ainda hoje, como que num oásis metafísico somos arrebatados. Resgatados do desapontamento que a toda a hora e a todo o instante nos precipita no abismo juntamente com as nossas esperanças.

Tudo se confunde no devaneio delirante de uma noite que foi gloriosa e plena de vívidas reverberações. Instantâneos enlevos contemplativos explodem nos nossos corações. Um afã escorripichado a gosto se deleita na quintessência da alma. Pasmosos, caímos hirtos. De par em par nos diluímos na felicidade nacional daquele dia. Dum hiato quimérico ainda podemos ver; podemos dar de caras com semblantes luzentes espalmados no rosto de cada angolano. Num instante, zás; abre-se-nos a tela: Descaímos tartamudos como que descobrindo uma chuva de meteoros por uma fresta da janela.

 À volta troam vozes de alegria indiscritível. Trinados vindo não sei de onde raiam, compassadamente, vênias à uma estrela fulgurante. Ela se revela no topo das nossas cabeças – ali mesmo, no firmamento. Vozes troantes reverberam duas palavras: Chegou, finalmente! Melifluamente, a esfera incandescente acena e aponta um caminho de futuro para a infante nação. Escora dois pontos na terra e faz pairar o seu arquejante fogoso. Forças etéreas convergem no propósito de unir pessoas no espaço, no tempo – numa intangível coesão sociológica e patriótica no alinhamento do prumo identitário. Os olhos ardem em labaredas que sobem ao encontro do arco patenteador.

O ascendente de genuíno orgulho de se ser angolano. Quer-nos a todos, nós angolanos, senhores e senhoras do solo e dos recursos que jazem sob a planta dos nossos pés. Viver agir e atuar como guardiões das nossas raízes comuns. Hoje, e num futuro perene. Vemos de um lado do arco o mandamento «Amor à nação e a pátria e às instituições transcendentes». Do outro, o mandamento de «Serviço à pátria, à Nação, e aos filhos». Não há sucedâneos intermutáveis com estes valores. Não. Pelo menos que se adequem e se mostrem idóneos para assegurar a preservação da autodeterminação e a conservação da identidade. Assim será com Angola como será com qualquer nação do planeta..

Por graça de uma esperança resoluta e avessa à mortificação pela violência, reemergimos de cinco séculos de perdas. Perda da autodeterminação, perda da independência, perda das liberdades, perda da dignidade. Trevor e tempos que nunca, jamais, nos devíamos esquecer. O curso do tempo no esvaimento da memória das conquistas do 11 de Novembro encerra, hoje, uma das maiores e uma das mais graves ameaças para o nosso país.

Priva-nos de conservar intacta a ligação, inexoravelmente crucial, às fontes e às forças de sobrevivência nos redutos do subconsciente. Daí alguns no consciente trabalham exclusivamente para o próprio ego. Agem numa ordem tal não quantificável e, inqualificável. Tanto quanto se possa estirar a ideia de um egocentrismo obstinadamente exacerbado. Perderam-se completamente na ideia da conquista do conforto - custe o que custar.

Consequentemente, no subconsciente, estes mesmos trabalham irrefreavelmente num projeto de ruína dos seus concidadãos. No entanto, o seu labor flui através de uma faceta ingrata. Cegamente são impelidos a labutar com uma faca de dois gumes. A consequência, incontornável, é que um dos frutos do seu mourejado é a ruína da própria posteridade. A prazo, certamente. O primeiro dos resultados, impactante no coletivo, não se atrasa; materializa-se como que espontaneamente. O outro a caminho vem medrando, e, parece – apenas isso, parece, - retardado.

Em contexto do envolvente fervilhamento dos dias contemporâneos, como assistimos nas dinâmicas das relações internacionais, sabemos o que não devíamos esperar dos nossos políticos. Mais. Particularmente dos que hoje nos governam. Não se esperaria de nenhuma mulher ou homem (político), permeável à sapiente influência da história universal e do seu povo, esquivar-se do bochorno para se sentar exoticamente à frente de “hors d'oeuvre. Políticos meridianamente conscienciosos da motriz impactante das suas ações, não ousariam dar-se ao texugo. Tal visão representa uma abstração niilista ao fugir positivamente ponderações inexoráveis e intemporais. Pois, semelhante concepção se exime de se certificar que os seus privilégios, inclusivamente, à mesa, se replicarão e se perpetuarão na própria árvore genealógica. Futebolisticamente diz-se: “Quem joga para empatar, perde”! Ora, politicamente, jogar para empatar é a própria obsessão de não se dedicar à missão de distribuir a riqueza (um pouco) por todos. Quem isto faz arrisca, é certo, algures no decurso do tempo vir a perder tudo que amealhou. Perderá para muitos daqueles que privou do seu quinhão enquanto injustamente se locupletava. Quando menos esperar, pode até perder o nome e a honra – e, até a dignidade!  Homens e mulheres passam! Outros ocupam o seu lugar nas instituições, no território, na propriedade. Tudo é transmutável de forma mais ou menos direta. Tudo pode acabar, é efémero e, efetivamente, o ocaso é o fim de todas as coisas. Tanto passa para as mãos do vizinho geminado, como, pode cair na palma da mão do senhor que viajou léguas de mares e oceanos em busca do alheio. Por cinco séculos perdemos a autodeterminação e a liberdade. “Recuperámo-las”. Cinquenta anos corridos não são suficientes para convencer as mentalidades mais ciosas que o presente mediato, e, o futuro imediato, estão irreversivelmente adquiridos. É assim para nós, é exatamente assim para qualquer que se quer ou se julga seguro e senhor de si. Qualquer que de si pensa em termos inexpugnáveis, que se vê de resto autossuficiente e eternamente livre por conta do seu individualismo obsceno, coloca tudo em perigo. Deita tudo a perder; os seus bens e as suas ambições tomam a dianteira na chusma das perdas potenciais. Sem desprimor da profundidade do pensamento, parafraseamos: “O futuro faz-se construindo para ontem, agora, já”.

Aqui (neste tempo e, neste lugar) chegamos vindos de longos dias de privações e de humilhações; morais, mentais, espirituais e sobretudo físicas e/ ou carnais. No próprio corpo. Ressuscitamos, viemos ao de cima, demos à tona! Sobrevivemos e recobramos da vexação nos mais recônditos e íntimos relicários da dignidade da pessoa humana. Atravessamos séculos sucessivos de escândea à mesa.

Cruzamos a paisagem do tempo, percorremos o espaço em pé e de pés descalços e emparelhados com os grilhões da tirania. Pouco ou nada havia para lançar sobre o corpo nu, ou sobre o torso seminu. Perguntem a história se tentados a esgravatar e a catalogar aqui uma alucinação delirante! A memória da reminiscência coletiva subjaz nos feitos dos Homens sapientes. Os reconhecidos grandes deste mundo - personalidades e figuras distintamente sábias, tal como as nações mais poderosas -, são infinitamente devedores para com legado multifacetado da história. A do seu próprio povo, e a universal. Portanto, nós que percorremos um longo deserto a tiritar de noite para noite, fomos, efetivamente, salvos por uma necessidade fatal de um desígnio coletivo. O desafio de um desiderato participado por todos e para todos. Não nos entregamos à frivolidade de tirar as medidas - uns dos outros – se impressionando e vangloriando com sucessões de zeros à direita do saldo positivo da conta bancária. Antes de lançar na terra as primícias da luta pela independência, desviamos os olhos do palanque da altivez. Voltamos as costas à visão do estrado da ânsia e da ganância. Ideais altruístas salvaram cada um, e salvaram a nação no todo.

 Assentamos os nossos alicerces existenciais no contraponto do egoísmo histérico, da oligarquia obstinada que mina e compromete o futuro da nação e do nosso país. A deriva egoísta de hoje concita pulsões desleais e acaba por sufocar vivalma - esquina sim, esquina sim. Abominamos. Qualquer modo de vida celerado e afanado em volúpia é pura traição ao espírito do onze de Novembro. Para fazer o 11 de Novembro foi preciso não cedermos às armadilhas e ameaças de resvalar numa missão estranha e errática. Coletivamente percebemos [nós] que o fim, o escopo delas - dos malfadados embustes que tivemos de superar de mãos dadas -, era insidiar o nosso processo de luta pela autodeterminação. A menor oscilação teria induzido o estertor da nossa esperança suprema.

Urge revitalizar o ideal perdido e abandonado! Cinquenta anos passaram, contudo, continua a faltar-nos a vontade, a solidariedade, a fraternidade e o altruísmo. Teimosamente, falta-nos a coragem para passarmos de um período agonizante – que ameaça a viabilidade da manutenção da nossa independência num futuro, a prazo, por isso, desafiante. Enquanto os nossos pés permanecem livres do domínio externo mais violento, precisamos estugar e entrar numa nova era. Uma era de tolerância, de reconciliação genuína, de concertação, de edificação da harmonia e de construção de um estado de direito em detrimento de excentricidades semânticas.

Não foi só o ciclo circadiano político do país que se alterou no 11 de Novembro de 1975. Um epifenómeno de mobilidade pendular das massas irrompeu por todos pontos do país. Com ou sem já a silhueta da bandeira do opressor estrangeiro, incarnaram o orgulho angolano em gratos enlevos de Homem livre e senhor do seu próprio destino. Tudo esfuziava à volta.

A celebração era e continua sendo indizível. Subiu ornamentada de sobrevivência, do abismo de 500 anos, uma gigantesca onda de esperança como que escatológica: O fim do sofrimento e das privações sem limite estava, mais que à vista, estava consumado. A bandeira da independência nacional tinha sido içada e o mundo testemunhou. Pela primeira vez o punho do Homem angolano hasteara o orgulho e a liberdade no coração de cada angolano.

O que se esperava dai para frente era o progresso e a prosperidade; juntos e abraçados e sentados à mesa da paz, da concórdia, e do respeito mútuo - à bem do país. Havia motivos e Acordo político quanto a mecanismos para partilha do poder. Uma partilha democrática entre todos angolanos que, no seu comprazimento, se prestassem contribuir e participar na governação do país. Desejo menor não se colocava sequer nas considerações dos cidadãos mais entusiastas, dos mais proativos. Era óbvio. Sob pena de acenarem com servilismo histriónico a experiência ainda fresca, e nitidamente vibrante, da história coletiva dos últimos 500 anos. Mais a mais quando ainda tiniam os ecos de uma governação estrangeira imposta pelo uso da brutalidade opressora.    

O ponto a que chegamos hoje!!! O país jaz entre arfadas de uma economia de jangada desconjuntada e sobrecarregada com fardos de corrupção, e espasmos (não controláveis) de um estado social inexistente. A esmagadora maioria dos angolanos vive a efeméride do 11 de Novembro em estado meditabundo. Forçado. Assistir a contragosto as efusividades celebrativas do regime, chega mesmo (mentalmente) a comparar-se à experiência sensorial de ver um nosso ente querido deslizar numa maca de hospital para ala UCI(*). Qualquer dúvida que aquele lugar é dos piores deste mundo – para quem lá tem o seu parente ou amigo, amigo visceral -, que é um espaço pesarosamente angustiante, é pura coincidência. Não só. De um modo geral, vivem-se as horas do 11 de Novembro persignando a ver se cai à mesa um qualquer frumentário. Especialmente para os mais pequeninos. Não se vê na governação do país ponta por onde se lhe pegar. Não há porque acreditar num futuro razoavelmente promissor para o país. Qualquer coisa para não deixar esvaziar por completo a mais insignificante bolha de esperança. Irrisório que seja. Ouvimos a máquina da propaganda vender feitos que se absteve de realizar. Nunca desejou sequer! Se entretêm a vender confabulações e aparências aos nossos olhos e ouvidos. No final do dia ficamos sem saber se estamos perante a comicidade de um drama, ou ante o drama da comicidade. Comicidade de um modo anacrónico de fazer e de se estar na política.

Na aura da esperança coletiva do país, a 11 de Novembro de 1975, mesmo que não passassem de divagações oníricas, estavam: A democracia, a justiça e a prosperidade. Hoje, nesta efemeridade do 11 de Novembro, vive-se num país agrilhoado ao binário corrupção nepotismo. Ambos criaturas geradas por um autoritarismo descaradamente despreocupado. A injustiça é generalizada e a pobreza é extrema. Uma pobreza destacadamente ostensiva entre as populações mais carenciadas do planeta. Em 1975, na madrugada de 11 de Novembro, o país era de todos e para todos. O estado estaria ao serviço dos cidadãos. Preambularmente, apregoou-se uma sociedade inclusiva, tolerante, fraternal e harmoniosa. “O mais importante ééé??? Resolver os problemas do pooovo!!!” Era o sound bit que (espiritualmente) não podia faltar na viga de cada porta. Poucos dias depois da madrugada gloriosa, outro sound bit! Contraditório do primeiro. Tentar exercer um direito junto da administração passou a ser um privilégio. Não havia como contornar senão recorrendo ao suborno de funcionário. Os mais velhos que o digam. A partir dai, a frase que mais passou a ressoar nos ouvidos de quem recorria aos serviços da administração, mudou: “Isto não é para quem quer. É para quem merece!

Célebre frase de Karl Marx, reza: “A história repete-se, primeiro como tragédia, depois como farsa”. Extraordinariamente, perderam-se de modo inconvenientemente amnésico, no seio da clique governante, referências históricas inestimáveis. Nem por isso imemoriais. Várias experiências de dominação dos impérios coloniais iniciaram-se com prévio estabelecimento de relações amigáveis. Supostamente pacíficas, as relações de dominação com anuência e sujeição voluntária (do dominado), não vislumbravam perpassante ideia de dominação pela força, à jusante. Em muitos casos, os “visitantes” chegaram e aportaram como ilustres potenciais amigos do anfitrião. Desembarcaram com empáticas vênias. Estenderam oferendas e generosos risos e abraços. Aqui algum paralelo com presuntivo primeiro amor do MPLA pelo povo. Curiosamente, também este escondeu eficazmente o rosto debaixo da máscara do monstro. O que depois fez ao povo, ou seja, fazê-lo passar (persistentemente) por aquilo que então não era expectável, uma experiência de horrores sobre horrores, - a continuar, daqui para frente -, não será um exclusivo da velha presa. A verdadeira força do poder ou, a ausência dela, vem do povo. Aí residirá o entusiasmo para defender o regime, ou, a animosidade para o amaldiçoar e tudo fazer para dele se livrar. Bashar al-Assad não sabe se volta a pisar solo Natal. O poder nos foi tirado uma vez. Só quinhentos anos depois voltou ao nosso controle. Os Homens e os regimes avisados, àqueles que se pautam pela prudência e pela sensatez, são os últimos no mundo a ufanar. Falam como intocáveis, mas, não se sentem como tal. Cinquenta anos de independência e Angola vive mergulhada e perdida no enredo da tragédia em curso. A farsa pode e deve evitar-se à bem de todos. Ainda dispomos de recursos para elaborar e financiar um verdadeiro projeto de desenvolvimento humano. Dar asas a imaginação e a criatividade e esbouçar a prosperidade do país. Pelo país e pelo seu manancial humano. Não há que ceder a mais pequena hesitação de dar um passo atrás, respirar fundo, convocar sinergias. Há que estabelecer ecossistemas idiossincráticos por forma a alavancar um contrato social digno do ideário identitário nacional. Confiemos em nós, no todo, sem discriminação ou preconceitos quaisquer. De uma vez por todas, coloquemos o país acima e à frente de quaisquer interesses egoístas. Angola só se pode edificar honrosamente se servindo do seu substrato, do seu recetáculo uterino: Os homens e as mulheres angolanas. Por amor à posteridade, mas, também, às gerações contemporâneas.

Cinquenta anos perdidos nunca se hão de confundir com 50 dias. Esgotou-se a esperança das gerações da década de 70 do século passado. Ou seja, os que nasceram por altura da independência cruzaram o limiar da esperança média de vida. Encaixaram sucessivas fases, períodos, etapas e/ ou eras de sofrimento e frustrações desnecessários e injustificados. Viveram continuamente esquecidos e abandonados e desamparados no vale das expectativas quebradas. Ainda hoje cresce o vale dos prostrados pelo fio da vara. Impotentes e exaustos não logram salvar do estrado vexatório as esperanças mais acariciadas. É preciso levantar os olhos de ver e, com ouvidos de ouvir alterar o rumo. Não é já o tempo, tão pouco é oportuno, randomizar políticas e atalhar caminho em terreno impérvio. É preciso, mesmo, mudar o arquétipo mental. Afastar para o lado toda desídia hedonista distopicamente implantada na cultura do poder instituído. É preciso, mesmo, trabalhar por uma democracia a sério, e, efetiva. Instaurar um Estado de Direito, de facto. Com todos predicados, portanto, contra o estado de direito semântico, atual. Instaurar uma Segunda República, fundada no primado da dignidade humana, de facto. Só uma Segunda República, alcandorada na desconcentração efetiva do poder – a começar pela instituição do poder autárquico, poder (local) financeira, administrativa, e, politicamente autónomo; só uma Nova República, fundada e ancorada na independência dos tribunais, em órgãos eleitorais independentes - funcional e operacionalmente -, apoiada em ciclos eleitorais regulares [suportados por eleições gerais, periódicas, livres, justas e transparentes], pode-se constituir uma bússola de desenvolvimento do país. Um desenvolvimento com base em realismo e seriedade, em ordem o estabelecimento de um elevador social. Um sistema funcional sustentado pelo rigor da legalidade na gestão da coisa pública, e, na transparência dos mecanismos de redistribuição da riqueza nacional!

O índice de desenvolvimento humano, em Angola [IDH], em nada e, de forma alguma se compagina com o seu estatuto de potência energética, em África. Vejamos dados dos relatórios atuais do PNUD(**). Procederemos uma comparação do índice de desenvolvimento humano, em Angola, com o das outras potências energéticas africanas.

Dados científicos/oficiais (fonte PNUD):

Angola - (IDH = 0,581 [Demografia no Ano de 2024 – 37,89 milhões de habitantes])

África do Sul - (IDH = 0,709 [Demografia no Ano de 2024 – 64,01 milhões de habitantes])

Argélia - (IDH = 0,748 [Demografia no Ano de 2024 – 46,81 milhões de habitantes])

Nigéria - (IDH = 0,539 [Demografia no Ano de 2024 – 232,7 milhões

[Quadro 1] CONCLUSÕES

Angola é o país menos populoso de todos. Não enfrenta uma guerra civil a quase vinte e cinco anos. Dista – de longe - da densidade demográfica da Nigéria, contudo, não tem tirado partido destas circunstâncias.

Fazendo uma comparação entre países Africanos de Língua Oficial Portuguesa – PALOP, temos o quadro seguinte:

Angola (IDH = 0,581 [Demografia no Ano de 2024 – 37,89 milhões de habitantes])

Cabo Verde - (IDH = 0,665 [Demografia no Ano de 2024 – 524 877 mil habitantes])

Guiné-Bissau - (IDH = 0,480 [Demografia no Ano de 2024 – 2,201 milhões de habitantes])

Moçambique - (IDH = 0,456 [Demografia no Ano de 2024 – 34,63 milhões de habitantes])

São Tomé e Príncipe - (IDH = 0,625 [Demografia no Ano de 2024 – 235 536 mil habitantes])

[Quadro 2] CONCLUSÕES:

Cabo Verde e São Tomé e Príncipe estão em melhor situação face a de Angola. Não validamos o critério da densidade populacional para justificar o défice de IDH de Angola. Concretamente, face a estes pares ou quaisquer outros. O nosso entendimento tem fundamento bastante no quadro 1. Acresce. Veja-se o caso da Namíbia, p/exemplo: Tem 3,03 milhões (mais de 1 milhão acima da Guiné-Bissau). É um país independente há muito menos tempo que Angola e Guiné-Bissau, contudo, tem um IDH de 0,646.

Os governantes angolanos precisam de sair da bolha do deslumbramento. Têm de assentar os pés na terra. Com firmeza. Reparem que tocou-se tanto o batuque, ribombaram até mais não os tambores, no entanto, no final de contas, de lá (da América) para cá, o financiamento Biden - para os Caminhos de Ferro de Benguela – caiu no limbo.

N/A e REFERÊNCIAS

(*)Unidade de Cuidados Intensivos

(**)Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - Website (https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_pa%C3%ADses_da_%C3%81frica_por_%C3%8Dndice_de_Desenvolvimento_Humano)

Por Tito Silva

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