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Quarta, 09 Março 2022 15:23

Conflito Russo-Ucraniano e a fake news como forma de manipulação dos factos

Para os Estados Unidos e seus aliados (sobretudo os da OTAN), a mentira se tornou uma coisa cotidiana, com o objectivo marcante de manipular a mente daqueles que recebem um bombardeio diário de notícias falsas ou distorcidas, para enganar os usuários e pender a balança a favor da sua política macabra.

Síria, Irãn, China, Cuba, Venezuela, Nicarágua, Coreia do Norte e Rússia são os principais alvos dessa falsa informação, pois fazem parte de um grupo de países que lutam pela sua soberania e independência e, portanto, devem pagar um alto preço, demonizando-os diariamente para que as pessoas acreditem que realmente fazem parte do chamado "eixo do mal", quando a única verdade é que os Estados Unidos invadem nações, massacram civis, saqueiam recursos, mantêm opositores presos sob regimes de tortura e viola os direitos humanos de milhões de pessoas no mundo.

Quem não se lembra do argumento para invadir o Vietnã, Laos e Camboja; as mentiras sobre a falsa existência de armas químicas para ocupar o Iraque; a culpa oculta daqueles que realmente derrubaram as Torres Gêmeas, pretexto usado para declarar guerra ao Afeganistão que deixou apenas destruição, centenas de milhares de mortos e mutilados, sem poder provar que esse povo foi o responsável pelo acto; a invasão e destruição da Líbia, com o assassinato do presidente Muanmar Kadaffi; a formação de um exército de opositores na Síria para ocupar ilegalmente parte do seu território e roubar seu petróleo, deixando mortos e a ruína de cidades devastadas por bombas e a instalação de bases militares ianques?

Perante estas acções de terrorismo de Estado não há condenações da ONU, nem sanções da União Europeia, apesar dos milhares de seres humanos mortos.

Factos para alertar que os angolanos devem estar atentos a não deixarem enganar-se por diferentes notícias falsas que a cada minuto circulam nas redes sociais sobre o conflito Russia-Ucrânia.

A mídia hegemônica é paga pelos bilionários da indústria da guerra para fazer duas coisas:

1 - Considerar que o lado deles é o correcto da história

2 - Acreditar que o outro lado é o demônio.

Assim, fazem a manipulação do sentimento da opinião pública. Eles escolhem por quem as pessoas irão chorar, quais mortes serão lamentadas e quais serão comemoradas.

Se você escolhe um lado para apoiar e gasta seu tempo nas redes demonizando o outro lado, sua contribuição está sendo muito importante para essa guerra continuar. Quem ganha com a guerra são os bilionários e quem perde são as pessoas. Então se a sua preocupação é com as pessoas, escolha o lado certo.

Por último, Putin não é santo nem demônio. Ele pode ter acções condenáveis internamente, mas neste caso ele está agindo para garantir a sobrevivência da Rússia com a ameaça de expansão da OTAN. Esta guerra não se trata ainda de uma 3a Guerra Mundial, nem de um conflito termonuclear. Mas a depender das movimentações, corre o risco de escalonar para desdobramentos mais complexos. A paz precisa ser negociada. Mas este conflito jamais teria se iniciado se não fosse à sanha do governo Biden em recuperar sua popularidade e de sanar a ganância do complexo militar-industrial dos Estados Unidos. Basta os Estados Unidos cumprirem o acordo feito com a Rússia no fim da Guerra Fria de não expandirem a OTAN pras fronteiras russas e a Ucrânia cumprir os acordos de Minsk que a Rússia não terá mais motivos para seguir em guerra. Guerra e diplomacia caminham lado a lado. Por isso, só a diplomacia pode levar à paz.

Por: Adão Xirimbimbi AGX

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