Print this page
Segunda, 09 Agosto 2021 01:02

O pânico e o desespero do MPLA face à Frente Patriótica Unida

O presente período 2021-2022 que Angola vive constitui um momento singular da sua história, pois, estão reunidas as condições extraordinárias que viabilizam a alternância como imperativo histórico.

O País é palco de cinco crises que acontecem simultaneamente: económica (a economia não cresce), financeira (o poder de compra das cidadãs e dos cidadãos está violentamente reduzido), social (aumento brutal da fome, pobreza e miséria), sanitária (a qualidade dos serviços de saneamento e saúde, que já era apocalíptica antes da emergência da Covid-19, somente piorou) e política (o País está atolado no pântano da falta de uma liderança política visionária, competente e patriótica). A estas condições junta-se a vontade férrea de mudança da maioria dos Angolanos e Angolanas, os quais, como Povo, mais do que compreender claramente a questão da oportunidade singular, entendem a necessidade de tomarem posição inequívoca adequada ao sentido da História: promover a alternância em 2022.

A Frente Patriótica Unida (FPU, em estado avançado de construção) representa um projecto de plataforma que visa a alternância em 2022.

Entretanto, face à emergência da FPU, o MPLA tem revelado pânico e desespero de proporções industriais, porquanto, está ciente que a união da oposição patriótica representa um sério obstáculo à sua permanência no poder.

O regime do MPLA embarcou num conjunto de estratagemas que basicamente visam inviabilizar a FPU. Durante o longo período de Luta de Libertação de Angola, o regime colonialista português fez de tudo para que os movimentos que lutavam pela Independência jamais se unissem, pois, sabia que, com a desunião, a luta estaria fragmentada, dificultaria os próprios objectivos de libertar Angola do colonialismo e, em caso de conseguirem a independência, o novo país não passaria de um projecto falhado. E assim foi. Um cancro (colonialismo português) deu lugar a outro cancro (MPLA).

Os Angolanos e Angolanas não devem permitir que a união das forças patrióticas na forma de Frente Patriótica Unida seja desfeita ou destruída pelo regime do MPLA.

O último comunicado do Bureau Político do MPLA revela mais do que pânico e desespero. Lá está condensada a estratégia do regime para inviabilizar a alternância.

O regime do MPLA vai usar a usar a Assembleia Nacional, as instituições judiciais superiores (Tribunal Supremo e Tribunal Constitucional), de administração eleitoral (CNE) e de defesa e segurança (Forças Armadas Angolanas e Polícia Nacional) para se manter no poder em 2022.

A proposta de alteração da Lei Eleitoral do MPLA (que legaliza as práticas fraudulentas que ocorreram em 2008, 2012 e 2017), o processo contra Adalberto Costa (para destituí-lo da presidência da UNITA), a manutenção do actual presidente da CNE na gestão máxima da instituição, bem como os planos secretos que estão a ser engendrados para que as forças militares e paramilitares sejam usadas contra a oposição patriótica indicam claramente que o regime do MPLA continua teimoso em ignorar os sinais dos tempos e em manter-se no poder a todo o custo. Mais do que isto, indicam também que os Angolanos e Angolanas deverão corajosamente neutralizar tais maracutaias.

Devemos todos apoiar Adalberto Costa Júnior, Abel Espalhaga Chivukuvuku e Filomeno Vieira Lopes, bem como suas máquinas, na construção da Frente Patriótica Unida.

Ao passo que marchamos todos imbuídos do imperativo histórico pela alternância em 2022, não nos esqueçamos desta verdade: o Povo e Frente Patriótica Unida são superiores ao MPLA.

O colonialismo não caiu sem luta. O MPLA também não cairá sem luta.

Por Nuno Álvaro Dala

Rate this item
(1 Vote)

Latest from Angola 24 Horas

Relacionados

Template Design © Joomla Templates | GavickPro. All rights reserved.