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Segunda, 04 Janeiro 2021 13:10

Moeda angolana valoriza 1,96 por cento face ao dólar

A moeda nacional apreciou-se, no mês de Novembro, face ao dólar norte-americano em cerca de 1,96 por cento, sendo que a taxa de câmbio de referência nas operações do mercado fixou-se em 655,967 kwanzas/dólar.

De acordo com os dados preliminares do Banco Nacional de Angola (BNA), o volume de colocações de divisas situou-se em 86 milhões de dólares. No relatório mensal de Novembro da Comissão do Mercado de Capitais sobre o desempenho, Durante o mês de Novembro, as yields das Eurobonds angolanas registaram decréscimos.

A Palanca I com maturidade de 10 anos (emitida em 2015), a Palanca II com maturidade de 10 anos (emitida em 2018), e a Palanca III com maturidade de 30 anos (emitida em 2018), apresentaram uma redução de 2,69; 2,42 e 1,54 pontos percentuais, sendo que as mesmas foram negociadas a 10,515, 10,101 e 10,693 por cento, respectivamente.

O comportamento das yields das Eurobonds foi influenciado pelo aumento do preço do petróleo no mercado internacional. No mercado secundário de dívida pública sob gestão da Bodiva registou-se uma redução na ordem dos 29,08 por cento no volume de transacções relativamente ao mês anterior, totalizando no final de Novembro em 80,20 mil milhões de kwanzas. Este comportamento foi influenciado pela redução no nível de negociação de OT-TX em 33 por cento e OT-NR em 12 por cento.

Analista que acompanha Angola para um IHS Markit diz que Kwanza vai continuar a depreciar

A analista que segue a economia de Angola na IHS Markit alerta que o Kwanza vai continuar a depreciar-se, depois de uma contracção de 6,5% do PIB em 2020.

A economista Alisa Strobel disse à Lusa que a queda de 40% da atividade do setor da construção, no segundo trimestre do ano passado contribuiu para a queda do PIB e para a descida da previsão sobre a evolução da economia angolana, por parte da agência britânica de informações e serviços financeiros, IHS Market.

O que quer dizer que Angola pode ter entrado no quinto ano consecutivo de crescimento económico negativo. O próprio Executivo, prevendo um crescimento económico nulo ou perto de zero para 2021, consider atenuar esta situação com a revisão do OGE em Dezembro de 2020.

A analista da IHS Markit considera que para 2021 "a moeda nacional deve continuar a depreciar-se no primeiro semestre deste ano, a continuar deve ficar mais alta e as taxas de juros mais elevados, o que vai continuar a limitar o crescimento do rendimento disponível dos "consumidores, situação que deve" levar a uma retoma do consumo privado mais fraca, o que vai abrandar a uma retoma económica em 2021 ".

A economista defende que "uma recuperação modesta nos preços do petróleo será fundamental para estimular o crescimento, principalmente durante a segunda metade de 2021, com uma recuperação a produção e exportação de petróleo, mas o desemprego continua não incontavelmente elevado, e a pobreza será prevalente na economia angolana a médio prazo ".

Alisa Strobel vê um escape no processo de privatizações das empresas públicas e de vários ativos não essenciais, em curso, que considera "positivo para a recuperação dos serviços e produção artesanal em 2022", bem como nas reformas que estão a ser implementadas na Sonangol.

Depreciação = Desvalorização

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