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Sábado, 26 Julho 2025 23:28

Primeiro-ministro de Portugal promete "continuar a criar condições preferenciais" para cidadãos angolanos

O primeiro-ministro agradeceu hoje o "contributo inestimável" que a comunidade angolana dá "ao tecido económico" português, e assumiu o compromisso de "continuar a criar condições preferenciais" para a sua "integração plena" no país.

Luís Montenegro falava no Palácio das Necessidades, tendo a seu lado o Presidente de Angola, João Lourenço, que hoje iniciou uma visita oficial a Portugal.

"Quero agradecer, em nome do Governo português, o contributo inestimável que a comunidade angolana dá ao tecido económico de Portugal", afirmou.

Por outro lado, o primeiro-ministro assumiu o compromisso do executivo de "continuar a criar condições preferenciais para o acesso dos cidadãos angolanos à integração" no mercado de trabalho, bem como à sua "integração plena" no tecido social português.

O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, também recebeu, no Palácio de Belém, o seu homólogo angolano, João Lourenço, para "fortalecer laços de amizade e cooperação". Durante o encontro, o presidente da República deixou várias notas de aproximação entre os dois países.

Marcelo lembrou que manteve um contacto constante e recíproco com João Lourenço, durante os mandatos de ambos, assegurando que foram sempre "fiéis aos povos".

"Os nossos povos estão em permanente contacto", sustentou o Presidente, assumindo que "temos em Portugal uma enorme, querida, respeitada, fecunda comunidade angolana. Muito estável, aumentando recentemente e sendo sempre uma das três primeiras comunidades em Portugal."

O chefe de Estado lembrou que a comunidade de Angola é a segunda maior no mundo que fala português, com uma presença "de pelo menos 80 mil irmãos angolanos, em todas as áreas da atividade".

O Presidente da República lembrou também os portugueses que moram em angola, lembrando que "é um número muito elevado, certamente acima de 100 mil".

"Trabalham em Angola, com mais de 1250 empresas, fazem parte do tecido empresarial angolano, e são grandes empresas, médias e grandes empresas, pequenas empresas, microempresas, estando até jovens juntos nas startup, no digital. Isso significa uma coisa: que os nossos irmãos angolanos se sentem bem em Portugal, e que os compatriotas portugueses se sentem bem em Angola. Vivem lá, amam Angola, como temos a certeza que os irmãos angolanos amam Portugal."

Marcelo lembrou ainda "os acordos já celebrados" durante a visita de Luís Montenegro "no ano passado a Angola, que serão agora também assinados".

"É uma realidade que mexe, e mexe positivamente. E nós necessitamos uns dos outros, e sabemos que só ganhamos em tratá-los bem, uns aos outros. Porque quem trata mal é maltratado, e sobretudo perde a oportunidade de tratar bem. E por isso tratamo-nos bem, e gostamos uns dos outros", concluiu.

O Presidente de Angola iniciou hoje uma visita oficial a Portugal, numa altura em que estão curso alterações ao regime jurídico de entrada de estrangeiros -- que o Presidente da República submeteu ao Tribunal Constitucional na quinta-feira -- e à lei da nacionalidade, promovidas pelo Governo PSD/CDS-PP chefiado por Luís Montenegro, que afetam os cidadãos dos países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

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