Assim cresce cada vez mais, dentro e fora de Angola, um amplo movimento de solidariedade para a libertação dos ativistas, considerados presos políticos do regime angolano.
O Presidente José Eduardo dos Santos tem optado pelo silêncio face aos apelos de dezenas de figuras da sociedade civil e organizações de defesa dos direitos humanos nacionais e internacionais.
Entre as figuras nacionais que já escreveram ao Presidente a pedir a libertação dos ativsitas estão individualidades como o escritor Pepetela e os músicos Paulo Flores e Bonga.
A 17 de julho, o jornalista e defensor dos direitos humanos Rafael Marques também enviou uma carta berta ao Presidente da República pedindo não só a libertação dos ativistas, mas também para que se possa pautar por uma governação dialongante.
Há três meses sem qualquer resposta do chefe de Estado, Marques tece duras críticas: “Nós temos um Presidente que é teimoso, que despreza o seu próprio povo, não ouve os apelos, não ouve o grito de sofrimento do seu povo. Nós temos autoridades que já não ouvem. Causam tanto sofrimento ao povo que já estão insensíveis. O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, é insensível, é um homem desumano e temos o seu séquito que só cumpre ordens.”
Proibição de visitar detido
Na manhã desta quinta-feira (08.10), um grupo de ativistas e familiares deslocou-se à cadeia de Calomboloca. No entanto, foram proibídos de estar em contacto com Luaty Beirão.
É público que o estado de saúde de Nito Alves, outro ativista detido, se tem também deteriorado
É público que o estado de saúde de Nito Alves, outro ativista detido, se tem também deteriorado
Entre os visitantes estava o jornalista Coque Mukuta: “Insistimos, não só eu mas mais um outro jornalista e quatro ativistas que também não tiveram a oportunidade de visitar o Luaty. Tudo porque alegam uma suposta proibição”, conta.
Para Mukuta a proibição tem um objetivo claro: “tudo principalmente para impedirem que as pessoas possam ter informação daquilo que é o verdadeiro estado de saúde do Luaty. O Luaty está a degradar-se cada vez mais em termos de saúde.”
DW Africa