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Sábado, 08 Novembro 2014 12:13

Jovem encontrada morta com marcas de violência em Talatona

Angelina Gomes, 26 anos, então moradora em Talatona, na avenida do Ministério da Administração do Território (MAT), há poucos metros da sede desta instituição, foi encontrada morta na passada Sexta-feira, 31, numa casa desabitada que a própria havia comprado recentemente.

Segundo informações apuradas no local por O PAÍS, Angelina, 26 anos, que era natural do Huambo, foi encontrada morta por volta das seis horas da manhã, quando um vizinho curioso entendeu entrar na aludida casa para fechar a porta que estava aberta.

Mal entrou, segundo contou, encontrou na sala restos de churrasco, refrigerantes e água mineral dispersos no chão, o que lhe terá chamado a atenção, tendo avançado até a um dos quartos onde encontrou a malograda deitada morta num velho colchão de espuma.

A jovem apresentava hematomas na face, resultante de espancamentos violentos, e ainda marcas de amarras e indícios de abuso sexual e asfixia, por desconhecidos, até agora.

Um vizinho da malograda que não quis se identificar, contou a este jornal que, por volta das 23 horas e 30 minutos, encontrou Angelina a conversar com um homem no interior da viatura desta com os bancos arreados, como que nada de pior viesse a acontecer no dia seguinte.

Uma amiga sua contou a OPAÍS que por volta das 21 horas deparou-se com Angelina numa das lojas do Grupo Kero, e disse-lhe que estava naquele estabelecimento a fazer compras, porque tinha marcado um encontro com alguém para jantar e conversar, mas sem especificar o local.

A interrogação que se levanta entre a vizinhança é a forma estranha como aquela jovem foi parar naquela casa que se encontra em estado avançado de degradação, que reclama obras de restauro, sendo que vivia a 500 metros, na sua residência, onde coabitava com o seu único filho de três anos e uma sobrinha de 16 anos. Ouvida por OPAÍS, a inconsolável sobrinha disse que por volta das 21 horas e 30 minutos tinha ligado para a tia, questionando a hora em que chegaria à casa, tendo ela respondido que chegaria mais tarde, porque estava a fazer compras para o fim de semana.

Segundo ainda o que a amiga da malograda que falou sob anonimato, disse a este jornal, nos últimos tempos, “ela recebia ameaças de morte e ofensas morais através de mensagens anónimas”, dias depois de ter comprado a casa.

Os restos mortais da malograda que trabalhava para uma concessionária de automóveis, TDA, foram trasladados para o Huambo, onde foram sepultados no Cemitério Municipal daquela cidade, nesta Terça-feira, num ambiente de dor e consternação.

O PAÍS

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