Inspectores da Polícia Judiciária e procuradores do Ministério Público estão a realizar várias buscas em Lisboa e outras localidades do País. Suspeitas estão ligadas as branqueamento de capitais e envolvem malas de dinheiro vindas de Angola. O Económico apurou ainda que a justiça portuguesa está a investigar o rasto do dinheiro que foi transportado para Portugal, nomeadamente se foi depositado e em que bancos.
A investigação não está relacionada com o caso BES. Na mira das autoridades judiciais está também o empresário e sobrinho por afinidade do presidente angolano, José Eduardo dos Santos, o general ‘Kangamba'. Bento dos Santos é casado com uma sobrinha de José Eduardo dos Santos, filha de Avelino dos Santos, irmão mais velho do chefe e Estado angolano, e é patrocinador do clube português Vitória de Guimarães.
Desde as primeiras horas da manhã de hoje que inspectores da Unidade Nacional Contra a Corrupção (UNCC) da Polícia Judiciária e procuradores do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) estão a realizar dezenas de buscas em Lisboa e noutros pontos do País no âmbito de um processo que investiga a actividade em Portugal de cidadãos angolanos, nomeadamente empresários. Objectivo das buscas: recolha de documentação sobre as suas movimentações financeiras.
No final do ano passado, a polícia brasileira desmantelou uma rede de tráfico de mulheres para a África do Sul, Portugal, Angola e Áustria que dizia ser liderada por Bento dos Santos Kanganba, o qual acabou por ser ilibado. Um porta-voz do general Kanganba não identificado pela agência Angola Press, desmentiu, na altura, o seu envolvimento numa rede de tráfico de mulheres, noticiada pela imprensa brasileira em Outubro de 2013.
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