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Terça, 11 Dezembro 2018 21:39

PGR no Huambo refuta acusações de encobrimento de colegas em caso de corrupção

Procurador teria omitido denúncias de corrupção em caso que envolve empresa do antigo Procurador-Geral da província

O administrador do município do Huambo, Victor Tchissingui, detido no passado dia 4 de Dezembro, acusou o procurador Jorge Casimiro Sumbo de omitir acusações de corrupção num processo que envolve o anterior procurador-geral naquela província angolana, Tito Kassule.

Em causa, uma empresa do Kassule teria recebido 90 milhões de kwanzas para a prestação de serviços por parte do Estado, sem nunca fazer o acordado.

Em entrevista à VOA nesta terça-feira, 11, o actual Procurador-Geral, Domingos Joaquim, desclassificou as denúncias.

O magistrado do Ministério Público considerou tratar-se de “manobras de diversão” com o intuito de desviar a atenção da opinião pública e o curso do processo.

Domingos Joaquim acrescentou não existir consistência nas denúncias feitas nas redes sociais que sustente a instauração de um inquérito da alegada omissão de informações incriminatórias ao antigo Procurador-Geral da Republica, Tito Kassule.

"Não há consistência, se assim fosse daria abertura a uma tentativa de instauração de um inquérito. Mas a denúncia não tem qualquer consistência" assegurou o procurador.

Domingos Joaquim confirmou estarem em curso no âmbito do combate à corrupção a investigação de 51 processos de crime de peculato, que envolvem, na sua maioria, empresas e funcionários públicos.

Uma das empresas implicadas é a Socofrin, pertencente ao antigo Procurador-Geral da Republica no Huambo, Tito Kassule, quem teria beneficiado de 90 milhões de kwanzas desviados dos cofres do Estado por orientação própria, segundo o administrador do município do Huambo.

Victor Tchissingui, detido no passado 4 de Dezembro, por indícios de crimes de peculato, quando exerceu o cargo de director do Gabinete de Estudos e Projectos do Governo do Huambo, entre 2011 a 2014, acrescentou que Tito Kassule o teria convencido a submeter a empresa Socofrin para prestação de serviços no apetrechamento de uma escola do segundo ciclo no município do Ucuma.

O dinheiro saiu dos cofres do Estado, mas o serviço nunca foi prestado.

Para o actual Procurador-Geral na província a informação está desprovida de fundamento por não constar dos autos do processo em curso.

Refira-se que da lista de suspeitos nos processos em investigação figuram o administrador municipal do Longonjo, João Raúl, detido em meados do mês de Novembro, o chefe de secção de Execução Orçamental e Contabilidade do Governo do Huambo, Claudino Sicato, e o ex-chefe do Departamento de Administração e Transportes do Governo do Huambo, Constantino César. Voanews

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