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Segunda, 06 Junho 2016 22:25

Isabel dos Santos renuncia às administrações da NOS, BIC e Efacec

Isabel dos Santos deixa 'boards' da NOS, BIC e Efacec para evitar conflitos de interesse com Sonangol

A empresária angolana Isabel dos Santos renunciou aos lugares que ocupava como administradora não-executiva da NOS, do Banco BIC e da Efacec, segundo um comunicado hoje divulgado pela empresária angolana, que assumiu hoje a presidência petrolífera estatal Sonangol.

Acrescentou que a renúncia "produzirá os seus efeitos no final do mês de Julho ou, se anterior, na data em que sejam designados ou eleitos os seus substitutos".

"A renúncia imediata aos cargos de Administradora das sociedades que conduzem os seus principais investimentos em Portugal resulta apenas da nomeação como Presidente do Conselho de Administração da Sonangol e visa, por um lado, evitar problemas de conflito de interesse e, por outro, reforçar as garantias de transparência no desempenho das novas funções", adiantou.

Isabel dos Santos tomou hoje posse como presidente do conselho de administração da petrolífera Sonangol, cargo para o qual foi nomeada na quinta-feira pelo chefe de Estado, José Eduardo dos Santos.

A reestruturação da petrolífera estatal angolana Sonangol vai prosseguir sob a liderança de Isabel dos Santos. A nomeação da empresária, que é filha do Presidente de Angola, foi formalizada na semana passada por despacho do chefe de Estado. E significa um reforço do poder de Isabel dos Santos no tecido empresarial, na economia e no sistema político angolano, existindo mesmo analistas que a apontam como possível futura presidente de Angola. Mas também reforça o seu poder na banca portuguesa, dado que a Sonangol é a maior accionista do BCP, com quase 18% do capital do maior banco privado português em activos.

A escolha de Isabel dos Santos representa também o culminar de um processo de crescente envolvimento da empresária na reorientação estratégica da petrolífera angolana. Numa altura de "quebra acentuada e prolongada do preço do petróleo", que tem causado fortes dificuldades ao Estado angolano, tal como a empresária reconheceu numa nota enviada às redacções na passada semana.

"Hoje, a gestão da crise faz parte da agenda de todas as empresas do sector. A preocupação com a redução de custos, bem como o aumento dos lucros e da competitividade, são hoje prioridades estratégicas obrigatórias", realçou Isabel dos Santos.

A nova equipa de gestão terá como "principal objectivo a implementação do novo modelo para o sector petrolífero angolano e a execução de um Programa de Transformação". Este programa visa diminuir os custos e optimizar recursos, aumentar a rentabilidade e assegurar a transparência da gestão.

Lusa

 

 

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