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Quinta, 17 Outubro 2013 18:08

Militares angolanos entraram no Congo e fizeram reféns militares

Elementos das forças armadas angolanas entraram no sudoeste do Congo e fizeram reféns militares congoleses, informaram a Radio France Internationale (RFI) no seu "site" e a agência France Presse.

Elementos das forças armadas angolanas entraram no sudoeste do Congo e fizeram reféns militares congoleses, informaram a Radio France Internationale (RFI) no seu "site" e a agência France Presse.

De acordo com um habitante da zona e um jornalista ouvidos pela AFP, os militares vindos de Luanda entraram na zona de Kimongo, a capital de distrito na região de Niari, e invadiram cinco localidades.

A RFI indicou que um batalhão de militares angolanos, de cerca de 500 homens, entrou na segunda-feira em território congolês através do enclave de Cabinda e ocupa cinco localidades desde então.

Quer a AFP quer a RFI referem que Brazzaville enviou um destacamento para a zona para reforço dos soldados no posto avançado e que alguns dos elementos daquele grupo foram feitos reféns pelos militares angolanos.

"Os nossos militares foram feitos reféns. Até esta manhã (hoje), as coisas não se alteraram, por isso eles continuam nas mãos do exército angolano", disse à AFP Hermann Bouess, um outro jornalista local, adiantando que entre os reféns estão "um coronel e um capitão".

Bouess disse que os "militares angolanos perseguiam elementos da Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC) no território congolês que lhes serve de base de retaguarda".

Christian Samuel Sansa, oficial da polícia militarizada sediada em Dolisie, a segunda região militar do Congo, confirmou à AFP que militares congoleses tinham sido feitos reféns, adiantando desconhecer o seu número exato.

"Os cônsules de Angola em Dolisie e do Congo em Angola estão a falar com as autoridades respetivas dos dois países para desbloquear a situação", disse ainda.

O Congo, Angola e a República Democrática do Congo assinaram no início dos anos 2000 um pacto de não-agressão.

A Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC) reivindica há muito a independência em relação a Angola do Enclave de Cabinda, rico em petróleo.

Diário Digital com Lusa

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