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Quarta, 21 Janeiro 2015 13:41

Angola pode cortar para metade previsão de receitas do petróleo em 2015

As estimativas são de Alves Rocha, diretor do Centro de Estudos e Investigação Científica (CEIC) As estimativas são de Alves Rocha, diretor do Centro de Estudos e Investigação Científica (CEIC)

O diretor do Centro de Estudos e Investigação Científica (CEIC) da Universidade Católica de Angola, Alves da Rocha, estimou hoje que a revisão do orçamento do Estado angolano reduza para metade a previsão de receitas fiscais petrolíferas.

Em entrevista à Lusa, em Luanda, Alves da Rocha disse que a revisão em curso do Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2015 deverá reduzir a atual perspetiva de 81 dólares por barril exportado por Angola para cerca de 40 dólares, incorporando assim a forte quebra na cotação internacional do crude.

"O Governo foi manifestamente surpreendido com a brusca queda do preço do petróleo no mercado internacional. Devia ter capacidade de prever, lidando com as petrolíferas como lidam", critica o economista e ex-quadro do Ministério do Planeamento angolano.

Oficialmente, desde 13 de janeiro que o Governo trabalha na revisão do OGE, face à contínua quebra da cotação do barril de petróleo, vendido atualmente a cerca de 50 dólares no mercado internacional.

A perspetiva da cotação média do barril de crude exportado é essencial para a elaboração do OGE angolano, por antever as receitas fiscais oriundas do petróleo. Estas receitas garantiram 76 por cento do encaixe financeiro do Estado em 2013.

"Acho que a perspetiva realista é o petróleo a 40 dólares [valor médio por barril exportado] e é nessa que o Governo deve trabalhar", insiste Alves da Rocha.

Dinheiro Vivo

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