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Segunda, 20 Abril 2015 21:00

Dúvidas das mortes de civis no "caso Kalupeteca"

As dúvidas continua sobre as mortes e feridos de civis do seguidores de Kalupeteca, nenhum ONG de direitos humanos ainda não pronunciará sobre o massacre de civis indefesos durante a captura do profeta José Kalupeteca.

Nem autoridade angolano ou  do Governo do Huambo ainda não revelaram o número de civis  que se acredita ter havido ao longo da refrega  ou durante a retaliação da Polícia Nacional.

O responsável do Instituto de Desenvolvimento da Democracia, Faustino Mumbika diz haver manipulação que está a ser passada para o público sobre a realidade dos acontecimentos.

Dados de uma fonte bem posicionada avança-nos com já de uma contagem oficial a que o Estado Angolano tem conhecimento de 800 mortos de cidadãos que pertenciam a seita religiosa do Sr Kalupeteka, atacados pela Polícia Nacional na montanha do Sume, Município da Caala Província do Huambo.

Em Luanda o Presidente José Eduardo dos Santos considerou  que a seita constitui  “uma ameaça à paz  e à unidade nacional” e que a sua doutrina constitui uma perturbação à ordem social.

Num comunicado de imprensa divulgado hoje, 20, o Chefe de Estado  descreve os seguidores da  seita  como “indivíduos  perigosos  que devem ser rapidamente capturados  e entregues à justiça”.

Por seu turno a Unita  rejeitou, em comunicado , qualquer tentativa da sua associação à seita conhecida também por Kalupeteka, em referência ao seu líder,  e exige que seja feita uma investigação profunda e imparcial dos acontecimentos ocorridos nas províncias de Benguela, Bié e Huambo.

Na sequência da acusação do MPLA que disse haver forças por  detrás dos  autores dos assassinatos dos elementos  da Polícia Nacional, o Galo Negro considerou-as  de “ irresponsáveis e de má fé”, em se referindo à Unita, ao mesmo tempo que  diz que a acusação  constitui uma diversão do Executivo em face à  aprovação amanhã da controversa Lei do Registo  Eleitoral.

A direcção da Unita   diz ainda que a seita  vem funcionando à margem da lei há alguns anos, com o beneplácito das autoridades locais com quem desenvolveu, desde 2011, laços privilegiados ao abrigo dos quais o cidadão Kalupeteka beneficiou de bens materiais e espaços de intervenção nos órgãos de comunicação social públicos.

Alcides Sakala, da Unita, reiterou que há centenas de mortos.

A Igreja do Sétimo Dia a Luz do Mundo foi considerada  hoje pelo responsável máximo da Igreja Adventista em Angol, Mateus Vinte como sendo anticristo, supostamente por não respeitar os princípios da Bíblia. 

Mateus Vinte disse em conferência de imprensa  que os seguidores de Kalupeteca  são conhecidos por inverterem a ordem convencional do tempo, convertendo os dias por noites e trocando a numeração dos dias  da semana.

A seita apregoava que o mundo acabaria em 2015  e incitou os fiéis a deixar os seus haveres   e a abandonar as suas casas para se fixarem nas montanhas.  Kalupeteca está actualmente presente nas províncias do Huambo, Benguela, Bié, Huíla, Kuanza-Sul e Luanda.

AO24|Voanews

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