De acordo com a nota de imprensa, Adalberto Costa Júnior vai formalizar a sua candidatura junto da Comissão de Mandatos, no quadro do XIV congresso ordinário da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), que se realiza entre os dias 28 e 30 de novembro deste ano.
O anúncio da candidatura de Adalberto da Costa Júnior segue-se ao de Rafael Massanga Savimbi, filho do líder fundador da UNITA, Jonas Malheiro Savimbi, o primeiro a anunciar, na terça-feira, a sua intenção de concorrer à liderança da UNITA.
Num manifesto, pelo menos uma centena de subscritores, incluindo figuras históricas e conhecidos dirigentes da UNITA, declararam apoio à recandidatura de Adalberto Costa Júnior, considerando-o um “ativo nacional” e símbolo de mudança “que transcende as fronteiras partidárias”.
A lista de apoiantes da recandidatura do atual líder da UNITA, partilhada numa publicação da deputada Mihaela Webba, inclui dois dos fundadores da UNITA ao lado de Jonas Savimbi — o deputado Ernesto Mulato e o general Samuel Chiwale —, bem como veteranos das FALA (braço militar da UNITA) e pesos pesados como os generais Lukamba Gato e Kamalata Numa.
Entre os subscritores estão também figuras destacadas da bancada parlamentar do partido do “Galo Negro”, como o líder Liberty Chiaka (diretor da campanha), as deputadas Mihaela Webba e Navita Ngolo (mandatária da campanha), os deputados Sampaio Mukanda e Joaquim Nafoia, o secretário provincial de Luanda e deputado Adriano Sapinãla (porta-voz da campanha) e o porta-voz do partido, Marcial Dachala.
No manifesto de apoio, os subscritores sublinham a “convicção de que Angola necessita um novo rumo”, apontando as “profundas desigualdades sociais, económicas e políticas” e afirmando que o país “permanece refém de um sistema que não responde às legítimas aspirações do seu povo”.
Para os signatários, Adalberto Costa Júnior é “um ativo nacional, um símbolo de esperança e de mudança, que transcende as fronteiras partidárias”, cujo percurso político e defesa da democracia e das causas dos angolanos o torna num político “credível para liderar a oposição democrática e concretizar em 2027 a alternância responsável, pacífica e inclusiva que o país clama”.
O processo de receção e formalização das candidaturas à presidência do partido foi aberto quarta-feira e decorre até 22 de outubro. Os candidatos deverão solicitar, através de uma carta dirigida à Comissão de Mandatos, um conjunto de documentos necessários para formalizar a candidatura, incluindo a credencial do mandatário, o atestado de militância e a declaração de compromisso de honra, entre outros.
Deverão ainda entregar listas de assinaturas de membros da Comissão Política e de pelo menos 50 militantes em cada uma das províncias. Estes dossiês serão depois encaminhados para a Comissão Eleitoral.