De acordo com o ministro dos Transporte, Ricardo de Abreu, que falava no final da reunião conduzida pelo presidente da República, João Lourenço, à Comissão Económica do Conselho de Ministros, este financiamento vai permitir assegurar a conclusão do projecto, sem que haja necessidade de outro montante adicional.
O ministro acrescentou que esta foi uma das condições que as autoridades colocaram, no momento da interrupção do projecto para as correcções que se acharam devidas.
"Conseguimos chegar a acordo com o empreiteiro nessa renegociação e definir como tecto limite o valor disponÃvel que existe neste momento, que é de 1.4 mil milhões de dólares", afirmou Ricardo de Abreu, adiantando que deste montante, foram já executados 33,6 por cento.
O ministro fez igualmente saber que, o Gabinete Operacionalização do novo Aeroporto Internacional de Luanda, após negociação e trabalho com o empreiteiro e fiscal da obra, conseguiu chegar ao entendimento do conjunto de trabalhos que serão executados na retomada da obra, assim como também, foi já elaborado quer a adenda como o memorando de entendimento com o referido empreiteiro, no sentido de assegurar a execução da obra de forma normal.
Para este governante, o impacto da pandemia da Covid-19 acabou por condicionar todo o trabalho a nÃvel da retomada das obras do novo aeroporto internacional, acrescido do processo de renegociação dos financiamentos com a China, a normalização das condições financeiras, assim como o acerto da fonte de financiamento com o fiscal da obra.
Por este mesmo facto, sublinhou estar-se em condições para dizer que será relançado o projecto de construção do novo aeroporto de Luanda, em todas as suas componentes.
Do ponto de vista fÃsico, realçou, o aeroporto já está com uma execução na ordem dos 56 por cento, daà se ter definido mais 12 meses para conseguir, neste domÃnio, concluir a parte toda de engenharia.
Nestes termos, considerou que os sistemas no novo aeroporto são muito complexos, sendo a peça de maior complexidade, num aeroporto, o sistema de bagagem, por ser a parte mais difÃcil de conseguir certificar.
Conforme o ministro dos Transportes, existem duas etapas que se tem de cumprir, sendo a primeira relativa à construção, incluindo toda a parte relacionada com a construção civil, a engenharia civil e as condições do ponto de vista da infra-estruturas em si.
A segunda etapa, envolve um conjunto de outras acções que têm que ver com o processo de testagem e certificação do próprio aeroporto, que demorará entre nove a 12 meses, sendo essa a indicação e a referência internacionais que há a nÃvel destes processos para que o aeroporto possa estar totalmente funcional.
Refira-se que, durante a reunião, foi igualmente apresentado o pré-estudo do Plano Director da Cidade Aeroportuária de Icolo e Bengo, um projecto complementar a este novo aeroporto internacional de Luanda, o qual também deverá ser apreciado, em breve, em Conselho de Ministros.
Em relação ao mesmo, Ricardo de Abreu explicou que o modelo de gestão e governação é de parceria público ou privado, onde investidores internacionais e nacionais, juntos com o Estado poderão desencadear um conjunto de acções para a implementação do projecto da nova cidade aeroportuária de Icolo e Bengo.
Importa realçar que, a Comissão Económica do Conselho de ministros, apreciou um conjunto de matérias relacionadas com o ambiente de negócios no paÃs, as instruções de elaboração do Orçamento Geral do Estado (OGE) para o ano de 2022, bem como as medidas de polÃtica para a redução do preço de venda ao público, de fertilizantes para a campanha agrÃcola vindoura.