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Sexta, 25 Abril 2025 11:35

Partido Liberal quer sociedade civil na condução e gestão da CNE

O modelo de indicação dos membros à Comissão Nacional Eleitoral (CNE), através da Lei Orgânica sobre a Organização e Funcionamento da Comissão Nacional Eleitoral, é para o Partido Liberal, o principal “cancro” para desconfianças dos processos eleitorais e não a “cabeça” do seu presidente que age em conformidade com o colégio em plenário.

Em reacção às discussões sobre a reeleição do presidente da Comissão Nacional Eleitoral, Manuel Pereira da Silva “Manico”, empossado segunda-feira, 21, pela presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, o Partido Liberal entende que o mote da questão está na Lei e não no sujeito em causa.

Numa nota tornada pública à qual O PAÍS teve acesso, o Partido Liberal entende que a fonte de processos eleitorais viciados parte da constituição e da composição do órgão e não dos sujeitos. Daí que propõe uma pressão social dos cidadãos aos parlamentares, no sentido de se avançar com uma legislação eleitoral que empodere a sociedade civil na condução e gestão dos processos eleitorais em Angola.

"No estado actual das coisas, mais de metade dos comissários da composição da CNE são pessoas indicadas pelo MPLA, neste sentido, a luta por maior ganho de representação deve ser substituída pela afirmação da Sociedade Civil, no processo eleitoral como um todo, pelo que a despartidarização do órgão não tem merecido o devido debate parla mentar, por culpa compartilhada dos dois grandes actores da nossa praça politica", lë-se na nota.

No mesmo documento, o Parti do Liberal defende que a figura de "Manico", cujo "descrédito moral é de espantar", reflete um sistema eleitoral extremamente partida rizado, onde a mudança de 'cabeça' não impede o engodo da falta de justiça e de imparcialidade do sistema eleitoral angolano.

Por essa razão, este novo partido da praça politica angolana, lidera do por Luís de Castro, apela à sociedade a caminhar para a consciência de reformas estruturais inteligentes, longe de descontentamentos revolucionários propicios de quem se contente com o aparente e não perscrute o mérito do problema.

O Partido Liberal recorda que "Manico", enquanto presidente da CNE, cumpre funções meramente de pendor administrativo e de representação institucional.

"O seu poder diferenciado resulta fortemente do 'voto de qualidade', à luz da alinea K) do artigo 18." da já citada Lei 12/12 de 13 de Abril, no resto, os poderes do presidente da CNE se compaginam na execução do que for colegialmente deliberado pela plenária da Co missão Nacional Eleitoral", fundamenta. Jornal OPAIS

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