Já o Tribunal de Cassação anunciou que recebeu um relatório "sobre um eventual desaparecimento" dessa quantia, de acordo com um comunicado.
"Enquanto se aguarda o resultado das investigações (...), pede-se que tanto a uns como a outros que se abstenham de interferir" no inquérito, refere uma declaração assinada pelo magistrado Victor Mumba.
O relatório sobre o desaparecimento dos 15 milhões de dólares foi enviado pela Inspeção-Geral de Finanças e indica o chefe do gabinete de Tshisekedi e seu aliado político, Vital Kamerhe, como um dos quatro responsáveis pela "irregularidade".
De acordo com uma fonte próxima do processo citada pela agência France-Presse, os fundos não foram pagos ao tesouro público, mas para uma outra conta que, entretanto, foi "esvaziada".
Esses 15 milhões de dólares correspondem a uma retenção de 15% de 100 milhões de dólares pagos pelo Estado a sete companhias petrolíferas para compensar uma quebra na distribuição.
"Como estou a lutar por um Estado de direito, pela independência da justiça, deixo as instituições judiciais fazerem o seu trabalho com total independência", afirmou Tshisekedi ao jornal Le Soir, no início da semana.
O Presidente diz ter recebido o inspetor-geral de Finanças para "tranquilizá-lo em caso de ameaças".
No início do mês, 18 militantes do grupo opositor Luta pela Mudança (Lucha) foram detidos pelas autoridades durante uma manifestação em que exigiam explicações para o desaparecimento destes fundos.