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Sexta, 08 Novembro 2019 21:47

Oficial da Polícia assassinado num assalto é sepultado hoje

O inspector da Polícia Nacional Zeferino Barroso António, morto terça-feira à noite durante um assalto no interior de uma viatura roubada e que fazia serviço de táxi, na Via Expressa, sentido Benfica-Cacuaco, em Luanda, é sepultado hoje no cemitério de Santa Ana, onde vai ser lida uma ordem de promoção, a título póstumo, ao grau de inspector-chefe.

No funeral de Zeferino Barroso António, que deixa 11 filhos, vão estar presentes altas patentes da Polícia Nacional, entre as quais o comandante provincial de Luanda, comissário-chefe Eduardo Fernando Cerqueira, informou, hoje, ao Jornal de Angola o novo porta-voz da corporação em Luanda, intendente Hermenegildo de Brito.

“Está tudo preparado para um funeral condigno”, garantiu Hermenegildo de Brito, que disse estar o corpo de Zeferino Barroso António, de 39 anos, a ser velado na Casa de Velório da Polícia Nacional, situada junto à Tourada, na Calemba, de onde parte o cortejo fúnebre, às 8h45, para o cemitério de Santa Ana.

O inspector Zeferino Barroso António estava no interior da viatura assaltada e foi morto quando tentava impedir a realização do crime por um grupo de seis meliantes, depois de um dos marginais ter disparado à queima-roupa contra um passageiro, que teve morte imediata.

O pânico ficou instalado entre os passageiros, altura em que o oficial da Polícia Nacional disparou mortalmente contra o meliante que conduzia a viatura, e, em resposta, um outro elemento do grupo o alvejou mortalmente.

No dia seguinte, foi encontrado um cadáver, junto ao condomínio Boavida, tendo a Polícia Nacional confirmado tratar-se de um indivíduo que fazia parte do grupo e abandonado pelos comparsas na fuga, depois de ter perdido a vida, na sequência dos disparos feitos pelo malogrado inspector para salvar a vida dos passageiros que estavam a bordo da viatura assaltada.

Sobre a reacção que o inspector Zeferino Barroso António teve durante o assalto, o porta-voz do Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional respondeu que, “apesar de não ter estado propriamente em serviço, consideramos como se estivesse, pois perdeu a vida a salvar outras vidas”.

Hermenegildo de Brito adiantou que o polícia, onde quer que esteja, “deve desempenhar a acção sempre que verificar a alteração da ordem e da tranquilidade públicas”.

Quanto à promoção a título póstumo, o porta-voz da Polícia em Luanda disse ser já uma cultura da Polícia Nacional homenagear os seus efectivos, não importando a maneira com que morrem, mas os que perdem a vida no cumprimento do dever são condecorados excepcionalmente.

O intendente Hermenegildo de Brito assegurou que “estão no bom caminho”, as diligências com vista à captura dos quatro elementos foragidos, para serem responsabilizados criminalmente pelo crime de que são presumivelmente autores.

O inspector Zeferino Barroso António era natural de Malanje e entrou na Polícia Nacional em 2013, depois de ter frequentado, durante nove meses, um curso básico de reconversão de carreira.

Antes de ingressar na Polícia Nacional, Zeferino Barroso António pertenceu, de 1993 a 2011, às Forças Armadas Angolanas (FAA), tendo sido desmobilizado com a recomendação de transferência para a Polícia Nacional, concretizada em 30 de Maio de 2013.

Colocado no Comando Provincial de Luanda, o malogrado foi chefe da Reacção Armada, no Comando Municipal do Talatona, em 2014, para, no ano seguinte, ser indicado como chefe da Sala Operativa do Posto Policial da Corimba. O inspector Zeferino Barroso António foi também chefe de pelotão da 24ª esquadra, cargo que exerceu até à data da sua morte.

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