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Domingo, 13 Outubro 2019 08:42

Adalberto Júnior acusa MPLA de produzir informações caluniosas

O político, que falava ontem durante a cerimonia de abertura da sua campanha eleitoral para a presidência do maior partido da Oposição, fez saber que o processo de recusa da nacionalidade portuguesa já esta concluído e que a sua corrida à presidência do partido representa um facto de inquietação ao MPLA

O candidato à presidência da UNITA, Adalberto Costa Júnior, acusou o MPLA de estar na base da produção de informações desencontradas e caluniosas sobre si de modo a comprometer a sua corrida à liderança do partido.

As informações postas a circular sobre a sua alegada falsa formação em engenharia electrónica e dupla nacionalidade constituem, no entender de Adalberto Costa Júnior, clara perseguição que está a ser montada pelo partido no poder com vista a perder o seu foco e desincentivar a sua candidatura ao XIII congresso ordinário da UNITA. Sobre a alegada falsa formação, o político, que não entrou em muitos detalhes, pediu às instituições de direito que investiguem o caso para encontrarem o tónico da verdade. Relativamente à dupla nacionalidade, Costa Júnior disse que adquiriu num momento particular e a mesma serviu de protecção à luta por uma causa durante determinado período.

Costa Júnior, que falava durante a sessão de abertura da sua campanha à presidência da UNITA, fez saber que, à semelhança de outros dirigentes do seu partido que viveram a mesma situação, nos momentos mais difíceis do país, teve de adquirir a nacionalidade portuguesa para desempenhar outras missões diplomáticas e defender a sua sobrevivência por conta da causa que defendia. “Nenhum dirigente da UNITA que viveu fora fê-lo com o seu passaporte nacional. Angola não nos permitia ter nacionalidade. Estudantes e trabalhadores de missões diplomáticas foram todos portadores de passaporte de algum país que lhes permitiu viver fora”, explicou. De acordo com o político, antes mesmo de se candidatar à Ainda durante o lançamento da sua campanha, Adalberto Costa Júnior recebeu mensagens de apoios da JURA, braço juvenil da UNITA, da LIMA, organização feminina e dos antigos combatentes e generais reformados presidência da UNITA já havia se adiantado a recusar a nacionalidade portuguesa.

Contudo, frisou, depois de algum tempo de solicitação, somente ontem é que recebeu a certidão que o desvincula da nacionalidade lusa. “Eu fiz uma opção de ir a Portugal e fazer uma recusa da nacionalidade. E fiz num momento bastante antecipado. Mas, como sabe, os processos burocráticos são bastantes demorados. E ontem, no fim do dia, recebemos a grata informação de que o processo está desbloqueado”, assegurou. Tirar a UNITA da periferia Porém, ultrapassado que está o processo de recusa da nacionalidade portuguesa, Adalberto Costa Júnior deu a conhecer que, doravante, vai andar pelo país ao encontro dos militantes do partido e dos cidadãos angolanos para convencê- los a votar na sua candidatura e mudar o rumo da história de Angola que, apesar do calar das armas, continua bastante sofrida.

Para o também chefe da bancada parlamentar da UNITA, o povo está esgotado de tanto sofrimento e almeja por mudanças sérias. E para tal, frisou, é necessário que o MPLA largue o poder para dar oportunidade a quem sabe governar e garantir melhor qualidade de vida aos angolanos. Segundo Adalberto Costa Júnior, a UNITA não nasceu para estar na periferia da política enquanto o MPLA se perpectua no poder, manipulando dados e informações, usando a força contra o povo, prendendo jovens idealistas, disseminando a corrupção e comprando pessoas mas não a consciência dos angolanos de bem. “Os poderosos do MPLA continuam presos aos vícios do passado. Deles mais nada esperam os angolanos. Cabe a nós avançarmos na construção de um novo país”, apontou.

Figuras de peso com Adalberto

O acto de lançamento da campanha Adalberto Costa Junior, numa das unidades hoteleiras de Talatona, foi bastante concorrido, com a adesão em massa de jovens e figuras veteranas do partido O momento serviu igualmente para a apresentação do manifesto campade apoio ao candidato em que os apoiantes manifestaram total auxílio àquele que consideram ser a figura mais jovem e competente para estar na liderança do partido.

O referido manifesto, lançado no mês de Setembro, conta com mais de 1500 subscritores com uma grande participação de figuras de peso do partido, com destaque para Ernesto Mulato, Isaías Chitombe, Eugênio Manuvacola, Jeremias Mota, Júlio Fausto, Maurílio Luiele, Rafael Massinga e Samuel Chiwale. Este último, o único fundador do partido ainda em vida, reconheceu as competências de Adalberto Costa Júnior e assegurou ser o único candidato que pode continuar a desenvolver o processo de modernização e inserção do partido no seio da sociedade angolana, sobretudo no segmento mais jovem. Samuel Chiwale disse ainda que, ao longo desses anos todos, Adalberto Costa Júnior adquiriu muita estima e reconhecimento no seio da sociedade angolana, tanto junto dos militantes da UNITA como da população em geral.

Para o veterano, o coração congregador e o sentido de missão na política tornam Adalberto Costa Júnior numa figura com perfil para ser um presidente destacado da UNITA e da República, pelo que solicita o apoio dos militantes do partido e dos angolanos para a realização deste desiderato. “É o único com perfil porque soube seguir e abraçar os conselhos do fundador do nosso partido. Merece todo o nosso apoio, não só como presidente do partido, mas também como da Republica nas eleições de 2022”, frisou. OPAIS

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