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Sábado, 04 Abril 2020 12:28

José Eduardo dos Santos é uma urgência para uma cultura de paz em Angola

Se a educação angolana está em crise, é porque a cultura ficou esquecida. Prescindindo o tempo que corre do valor da cultura pela cultura, apenas pensando no agora e no imediatismo.

Eduardo dos Santos é das figuras mais nobres da pátria que ficou esquecida num abrir e fechar de olhos. Mas ninguém vos engane, não existe um único patriota que tenha dado mais pela terra angolana que a pessoa do Excelentíssimo Senhor ex – PR JES.

O esquecimento fugaz de seus feitos nada dão de valentia à angolanidade, uma vez que a própria angolanização da cultura foi construída com o seu temo, com o seu sacrifício, com o seu esforço, e, nada apagará os feitos realizados por Eduardo dos Santos. Os seus feitos são daquelas coisas que sobrevivem ao tempo, as gerações passarão, mas o nome de Eduardo dos Santos estará aqui, intacto, de pedra e cal, inamovível e sem ferrugem.

Ora, se esquecermos de dar valor aos nossos patriotas, humanistas, nacionalistas e grandes guerreiros como Eduardo dos Santos, o valor da paz para o País torna – se imediatamente inútil. Sem os grandes feitos do Cda Patriota o País jamais ter – se – ia despido das suas fraquezas da guerra.

Embora há alguém que queira passar um apagador sobre os feitos de Eduardo dos Santos, por ciúmes, ou por uma outra artimanha popular, é mister concluirmos que os grandes feitos de Eduardo dos Santos já atravessaram fronteiras. Ora, a cultura angolana está perdida, por menosprezar os valentes da história como Eduardo dos Santos, mas saibamos, sem cultura não há pátria.

Sem pátria, o mando desumaniza – se. Só pessoas cultas, valorizadoras dos heróis, conhecedoras do valor de um patriota, serão capazes de desenvolver esforço no plano nacional para o bem comum de todos visíveis na nação. Líderes que depreciam o passado de uma nação, não edificam nações, desagregam – nas, separam – nas, destroem – nas com políticas de racismo, tribalismo, regionalismo, separatismos, segregação social, xenofobia, etc, etc, etc…

A ideia de que letras são tretas, e os artistas são lunáticos é um cliché que pode contentar almas simples. Não capta, porém, a realidade em toda sua subtileza e variedade. Muitos dos grandes génios políticos, empresários como Isabel dos Santos, militares como Che Guevarra, juristas como o advogado mais temível da humanidade, e outros de grande protagonismo prático na vida real de cada angolano, foram e são gentes de grande cultura.

E se hoje estamos de braços dados com a crise da cultura, é porque os nossos líderes deixaram o passado para a história, encerraram os livros que narram a “Batalha do Cuito Cuanavale” e dão um lugar cimeiro ao papel de Dos Santos que caminhou em terrenos escabrosos, cuja vida deu à vidas, e, os seus exemplos de paz regional representam os dias de liberdade de hoje em Angola.

Na verdade, a paz nunca seria possível sem o magno esforço dessa inédita figura, que deu o seu melhor quando se entregou à sério. Um cidadão que deu o seu melhor quando se entregou a sério. Nacionalista, Patriota, JES respondeu ainda jovem ao apelo da terra, aderindo de corpo e alma à luta de libertação. JES manteve este país unido, deu o peito às balas quando a ameaça de desintegração provocada pela UNITA e o Apartheid era inegável.

Abandonado por muitos que lhe lambiam as botas, JES permaneceu totalmente frio face a todos os ataques contra ele construído, acusações de actos que jamais terá realizado contra nação pesaram na sua família e nos seus próprios ombros, mas Eduardo dos Santos assistiu em pé, todas as catástrofes socio – políticas à estilhaçarem – lhe a honra, mas nunca vergou os joelhos, sempre esteve firme e corajosos como no início, mostrando o valor e a honra de uma grande líder.

Não esperava ser empurrado para fora por imberbes, e seguramente, também, não esperava que, de todos quantos deu a mão, Norberto Garcia, o último a chegar – na verdade de tão trôpegos e broncos nunca chegarão –, fosse o único (a par de Tchizé e de Isabel) a sentir as suas dores. Outros, se não se recolheram, “entregaram-se” às autoridades.

Mas não nos esqueçamos, ninguém mais nesta terra em que nasceram os nossos ancestrais fará um feito igual à de Eduardo dos Santos, podem jogá – los as culpas que quiserem como fizeram os soldados que crucificaram Cristo: “Eduardo dos Santos é o mentor da paz, não seria um anjo, porque este não caiu dos céus, foi da terra que nasceu, desde logo, errar faz parte da vida do homem”

Eduardo dos Santos reconheceu publicamente os seus erros e pediu um perdão à todos os angolanos por tudo que tenha realizado de mal ao País. Deve ser perdoado, ele é um grande patriota, nacionalista, arquitecto da paz, Pai da Nação Angolana. JES permanecerá intacto na memória dos séculos sobre sucessões de gerações.

A nossa sociedade crendo educada, acaba por promover a ignorância ao depreciar os feitos de Eduardo dos Santos. Para ela o mais elevado estágio de um líder já não são os seus feitos, são os seus erros, achando que os homens são anjos que vêm dos céus e não cometem erros. Até Cristo negou, chamar – lhe de bomo, e disse, “Não me chames de bom, o único bom é meu Pai que está nos céus”, se Cristo intitulou – se alguém sujo pelo pecado, quem seriam Eduardo dos Santos para não o fazer?

Eduardo dos Santos é um grande homem, não é fácil permanecer no poder durante 38 anos, sem nenhum sinal de desequilíbrio do poder, sem nenhum sinal de aniquilamento do poder, sem nenhum sinal de fragilidade do poder. É necessário muita táctica para o fazer.

A escola é a mais imediata responsável por essa ignorância generalizada, embora a montante, estejam Família e Estado. Aquela, absorvida na luta pela sobrevivência, vai – se restringindo a espaço comum de dormida, consumo e televisão: cada vez menos lar. Mas as grandes histórias dos feitos de Eduardo dos Santos pela nação e pela pátria, a TV deixou – nas armazenadas num armário do esquecimento.

De Eduardo dos Santos nada se cita no dia 4 de Abril, e, de certo, nada se sabe de tudo quanto tenha exercitado em prol da paz, assim, na Família angolana, não rola a conversa sobre os feitos deste grande homem que se tornou num verdadeiro mito, ainda não reconhecido totalmente pelo Estado angolano. É na família onde os mais novos saberiam quem era Eduardo dos Santos e que sentido dá à história do nosso País.

Sem o engajo pleno de Eduardo dos Santos o processo de memorando do Luena que a 23 de Março reuniu altas figuras das forças armadas e das forças da UNITA nunca seria um facto, desde logo, a paz é a marca de Eduardo dos Santos. O País não deve esperar dar eco aos seus heróis depois de estarem longe do mundo dos vivos (mortos), o País deve habituar – se a valorizar homens vivos, não homens mortos.

Deve perecer essa analogia de exaltar os mortos por tudo de bom que tenham feito, enquanto se diabolizam os vivos. Eduardo dos Santos está ali vivo, merece honra, reconhecimento, aplausos, e não críticas. Mas, chegamos aqui, e vemos um País somente preocupado em criticá – lo, em apontar os seus fracassos, fazendo – se de juízes do diabo, que são os primeiros, e na linha da frente dos erros contra o próprio Estado. É vã a crítica, enquanto não formos exemplos de nada para uma nação. Três anos passados, mas o País não melhora, ainda assim, os sépticos em críticas querem lançar as culpas todas dos erros actuais ao passado.

O passado é história!

O presente é um facto.

Faça a sua parte.

Dê o seu exemplo.

Não melhoramos o presente diabolizando o passado, melhoramos o futuro agindo no presente e recordando o passado!

HONRA E GLÓRIA À JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS O HERÓI DA PAZ!

João Hungulo: Mestre em Filosofia Política & Pesquisador

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