A ministra dos Negócios Estrangeiros de São Tomé e Príncipe afirmou à Lusa, numa reunião com o secretário-executivo e embaixadores dos Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Lisboa, que o seu Governo está a ponderar “uma série de saídas” para o problema da venda da participação angolana, prevista para 2021.
Elsa Pinto notou que, muitas vendas de participações das empresas públicas angolanas estão para acontecer este ano e que, “felizmente para São Tomé e Príncipe”, a venda da participação da Sonangol na Enco é para 2021.
Assim, acrescentou a governante, o seu país terá tempo, ou “foinos dado tempo, talvez, para pensar e considerar vários quadros e fazer várias simulações. E é o que estamos a fazer”.
O Primeiro-Ministro são-tomense já tinha manifestado, na última segunda-feira, preocupação face à decisão da Sonangol de vender as acções na Enco, mas garantiu que o seu Governo vai conseguir “adaptar-se à nova conjuntura”.
“Certamente vamos acompanhar com preocupação, são processos de soberania e vamo-nos adaptar”, disse Jorge Bom Jesus durante a visita a uma feira agropecuária organizada pelo Ministério da Agricultura Pescas e De-senvolvimento Rural daquele país, para assinalar o Dia das Nacionalizações.
A 20 de Setembro, a petrolífera Sonangol anunciou a alienação de activos no quadro do Programa de Privatizações (ProPriv), apontando desinvestimentos nas empresas participadas e activos da Sonangol a Cabo Verde - Sociedade e Investimentos e na Enco), onde a Sonangol era o accionista maioritário, com 76 por cento do capital social da empresa.