A Sonangol e os ministérios da Economia, das Finanças e da Indústria vão gerir o processo de venda das 53 unidades industriais instaladas na Zona Económica Especial Luanda-Bengo (ZEELB), que deverá estar concluído até final do mês.A informação surge num decreto executivo conjunto dos ministérios da Economia, das Finanças e da Indústria, com data de Julho e ao qual a Lusa teve hoje acesso, criando uma comissão de negociação para concretizar estas vendas a privados, que junta ainda um quarto representante, da Sonangol.
Localizada a 30 quilómetros do centro de Luanda, a ZEELB, um projecto até agora gerido pelo Estado angolano, através da Sonangol, envolveu um investimento público de quase 80 milhões de dólares para instalar 73 fábricas e compreende sete reservas industriais, seis reservas agrícolas e oito reservas mineiras, numa área total de 8.300 hectares entre os municípios de Viana, Cacuaco, Icolo e Bengo (Luanda), Dande e Ambriz (Bengo).
O objectivo da comissão agora criada passa ainda por garantir que os "adjudicatários" façam o "pagamento efectivo e integral do valor da alienação patrimonial" e outras responsabilidades, após a homologação das respectivas vendas, lê-se no documento.
A Lusa noticiou em Junho que o Estado angolano pretende vender a privados, até Agosto, 53 unidades industriais instaladas na ZEELB para poupar nos custos de manutenção e optimizar a geração de postos de trabalho.
A medida consta de um despacho presidencial de 26 de Maio, autorizando a "transferência da totalidade das quotas representativas do capital social" destas unidades industriais para "entidades empresariais privadas detentoras de capital, "know how' e tecnologia suficiente" para as "alavancar".
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