Sonangol desmente Imogestin sobre dívida de USD 900 milhões
Rui Cruz referiu que um dos principais problemas das centralidades são as dívidas deixadas pela SONIP.
Por REDE ANGOLA.
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Ampe Rogério/RA
Cidade do Kilamba
[ Ampe Rogério/RA ]
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A Sonangol Imobiliária e Propriedades Lda (SONIP) desmente, em comunicado, o presidente do conselho de administração da Imogestin, Rui Cruz, que teria mencionado a existência de uma dívida de aproximadamente USD 900 milhões, supostamente contraída pela SONIP junto do Programa Nacional de Urbanismo e Habitação durante a construção das centralidades.
Em comunicado enviado ao Rede Angola, a empresa do grupo Sonangol diz que “a referida informação não tem o mínimo de correspondência com a verdade, e é desprovida de fundamentos”.
Em causa estão as declarações do PCA da Imogestin durante o V Conselho Consultivo do Ministério do Urbanismo e Habitação, na semana passada, onde referiu que entre os principais problemas actuais de algumas centralidades do país estão as dívidas acumuladas aos empreiteiros desde 2014. A que se juntavam a falta de infraestruturas externas, como a construção de escolas, hospitais, estações de água potável e energia eléctrica, criação de redes de esgotos, valas de drenagem e outros equipamentos sociais.
Em resposta, a SONIP afirma que, “como é de conhecimento público, desde Junho de 2014, em consequência do Despacho Presidencial n.º 131/14, de 11 do referido mês, os projectos mencionados (construção das centralidades) e todo o conjunto de responsabilidades inerentes aos mesmos, incluindo financeiras, foram transferidas para a esfera patrimonial do Estado, tendo sido atribuído à SONIP a mera gestão dos mesmos até que fosse designada a nova entidade para o efeito”, diz a empresa no comunicado.
Segundo a empresa da Sonangol, assim que a Imogestin foi nomeada, a SONIP deixou “de imediato” de ter “qualquer envolvimento” na “gestão dos projectos em causa”.
A empresa imobiliária finaliza referindo que a Imogestin “integrou a Comissão instituída ao abrigo do já citado Despacho Presidencial, o que torna mais destituída de razão a comunicação recentemente efectuada, assim como as constantes e injustificadas referências à SONIP, nos processos em causa.
A Imogestin assumiu em Agosto do ano passado a comercialização de imóveis nas centralidades, depois de o governo ter decretado o fim das actividades da SONIP, construção, vendas e outras formas de transmissão de habitações, espaços comerciais e activos imobiliários de projectos que integram o Plano Nacional de Urbanismo e Habitação.
RA